Santos consegue efeito suspensivo para jogar na Vila Belmiro sem torcida
O Santos conseguiu um efeito suspensivo parcial no STJD para atuar na Vila Belmiro, mas com os portões fechados. O clube está punido devido às confusões que marcaram a derrota para o Corinthians, no dia 21 de junho, na Vila Belmiro.
Com o efeito suspensivo, o Peixe poderá atuar na Vila Belmiro, sem a presença de torcida, por cinco jogos ou até o novo julgamento.
A conta dos cinco compromissos já inclui os dois realizados pela equipe, contra Flamengo e Goiás. Ou seja, o Alvinegro Praiano poderá jogar mais três partidas em seu estádio, caso o novo julgamento não ocorra antes deste período.
Na última sexta-feira, o STJD definiu, em primeira instância, que o Santos teria que jogar com portões fechados e longe do seu estádio por oito partidas. O clube ainda recebeu uma multa de R$ 80 mil. O Alvinegro teria que atuar a 150 quilômetros de distância da Vila.
O Peixe, então, entrou com recurso para tentar mudar a pena.
O Alvinegro volta a jogar no Urbano Caldeira em 23 de julho, contra o Botafogo, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Antes, no entanto, o time visita o São Paulo, pela 15ª rodada. O clássico ocorre neste domingo, às 16 horas (de Brasília), no Morumbi.
Relembre confusão de Santos x Corinthians
O clássico foi encerrado por volta dos 40 minutos do segundo tempo por conta de fogos atirados no gramado do Urbano Caldeira. Diversas bombas foram atiradas. Com isso, os jogadores do Corinthians correram para o vestiário.
Já os santistas precisaram esperar por um tempo no circulo central. Inicialmente, eles tentaram entrar no túnel, mas a torcida do Santos no setor das organizadas atirou mais fogos na direção do gramado. Na segunda tentativa, os atletas correram e conseguiram acessar o túnel.
Na súmula da partida, o árbitro Leandro Pedro Vuaden relatou o ocorrido. "Aos 41 minutos do segundo tempo, torcedores do Santos arremessaram diversos artefatos explosivos em sua direção para dentro do gramado. Após 3 minutos de paralisação, diante do cenário de insegurança e pensando na integridade física dos atletas, da arbitragem e todos envolvidos na partida, encerrei a mesma", afirmou o documento.
Do lado de fora, o clima também foi tenso. Torcedores entraram em conflito com policiais, que reagiram com gás de pimenta, balas de borracha e bombas.
Devido ao ocorrido, o Santos foi enquadrado no artigo 213, I e II, do CDJB, ou seja, "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto e/ou invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo".
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