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CBF vê "movimento natural" e admite erro do árbitro em pênalti marcado contra o Santos

27/10/2023 16h52

O Santos ficou na bronca com a arbitragem por conta do pênalti marcado a favor do Coritiba na última quinta-feira, na vitória por 2 a 1, na Vila Belmiro, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um dia depois, a CBF divulgou o áudio da análise do VAR e admitiu o erro do carioca Wagner do Nascimento Magalhães.

O lance ocorreu aos quatro minutos do primeiro tempo, logo após o primeiro gol do Peixe. O lateral esquerdo Victor Luis, do Coxa, cruzou para Slimani, que não dominou bem e viu a bola resvalar no cotovelo de Dodô, dentro da área.

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Em vídeo divulgado pela CBF, a entidade afirma que o árbitro cometeu um equívoco ao assinalar e penalidade. Após a marcação, ele foi orientado pelo VAR a rever a jogada, mas manteve a decisão.

"Em um ataque do Coritiba, a bola bate no braço de um defensor, que está em posição natural e justificada para o movimento realizado durante uma disputa, e o árbitro de campo marca o pênalti. O VAR imediatamente inicia a checagem do lance e, ao analisar os ângulos disponíveis, percebe que a posição do braço do defensor foi consequência do movimento do seu corpo, portanto, justificada pelas regras do jogo. Por se tratar de uma situação protocolar, o VAR corretamente recomenda a revisão para o que árbitro possa invalidar a sua marcação, em virtude da ausência da infração. O árbitro principal, após analisar as imagens, decide de forma equivocada pela manutenção da sua decisão inicial", afirmou a Confederação.

Após a bola tocar no braço de Dodô, Wagner do Nascimento Magalhães paralisou a jogada e anotou a infração. "Ele estava com o braço aberto, pegou no giro do corpo, é uma ação de bloqueio", explicou o árbitro.

Os árbitros que estavam na cabine do VAR, Carlos Eduardo Nunes Braga e a assistente Andrea Izaura Maffra Marcelino, entendem que, apesar da bola pegar na braço do defensor do Santos, o jogador realizou um movimento natural. O outro auxiliar do VAR, Caio Max Augusto Vieira chega a questionar se o braço não estava ampliado, mas os outros dois membros sustentam que tratava-se de um movimento natural.

"É natural para essa disputa, ele está de costas e nem olha quando a bola bate", diz Andrea.

O árbitro de vídeo, então, convoca Wagner para revisar o lance na tela. Ao rever a jogada, o árbitro mantém sua interpretação de que Slimani tentou dar um passe para Sebástian Gómez, mas Dodô impediu o toque com o movimento do braço.

"Ele (Dodô) atrapalha. Era um passe, ele impede esse jogador 19 (Sebástian Gómez) de tocar na bola, está com o braço aberto. Mesmo de costas, ele deixa o braço para trás, isso aí impede, ok?", argumentou o carioca.

Após ouvir a interpretação de Wagner do Nascimento Magahães, o árbitro de vídeo volta a ressaltar que Dodô fez um movimento natural, mas o árbitro de campo contesta: "Pode ser, mas ele estava com o braço aberto, é uma ação de bloqueio. Para mim é penal, vou manter o penal, para mim é uma ação de bloqueio".

O coordenador técnico do Santos, Alexandre Gallo, reclamou da arbitragem após a partida e disse que o clube entrará com uma representação na CBF nos próximos dias. O Peixe também contesta o gol de Marcos Leonardo que foi anulado por um impedimento milimétrico.

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