Ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF nega perseguição a clubes e técnicos

Ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF (Federação Paulista de Futebol), Ana Paula Oliveira analisou a arbitragem brasileira, ontem, ao Mesa Redonda, programa da Gazeta, e afirmou que não há perseguição a determinados treinadores ou times.

"Não é o Abel, não é o Mano, não é o Diniz. Eu entendo que assim como o Clube A estuda o Clube B, a arbitragem, para fazer um bom trabalho, tem a obrigação de estudar a Equipe A e a Equipe B. Isso é perseguição? Não, isso é antecipação de problemas", disse Ana Paula.

Na atual edição do Brasileirão, a arbitragem acabou se tornando um dos personagens principais, pelos erros e polêmicas recorrentes. As atuações dos juízes e do VAR vêm rendendo críticas dos jogadores, técnicos e clubes.

Somente nas últimas duas rodadas, Hulk foi expulso após muita reclamação na partida entre Atlético-MG e América-MG. Na última quarta-feira, o dono da SAF Botafogo, John Textor, acusou a CBF de corrupção por lances polêmicos na derrota para o Palmeiras. Ontem, o diretor executivo do Flamengo, Bruno Spindel, criticou atuações da arbitragem.

Para Ana Paula Oliveira, o momento é de aproximação entre times e arbitragem, que precisam trabalhar em conjunto para evitar problemas. A ex-bandeirinha também justificou a atuação dos juízes para controlar os jogos.

"Eu acho que a gente tem que viver uma nova era agora, do diálogo. A arbitragem tem que se aproximar mais dos clubes, tem que entender mais as necessidades e não existe essa questão de perseguição. A regra é clara, se você cometeu o abuso, você vai ser punido por ela, simples assim. O bom árbitro resolve problemas, ele deixa o problema acontecer, vai lá e resolve. O excelente árbitro antecipa o problema, ele não vai permitir que o problema ocorra. Por que alguns treinadores abusam? Porque nós permitimos, porque se eu tenho uma arbitragem que não permite e mesmo com 15, 20 minutos, vai lá e aplica o cartão amarelo, a gente não vai ter problema", acrescentou.

O atual estágio do Campeonato Brasileiro fez com que as atuações da arbitragem ganhassem um peso a mais. Com seis rodadas restantes, a disputa pelo título segue em aberto, com ao menos quatro equipes na briga. Por isso, cada acontecimento e decisão tomada dentro das partidas podem ter uma influência muito grande nessa reta final.

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