Rodrygo fala sobre conexão com Diniz na Seleção Brasileira: "Nossas características encaixam"

O atacante Rodrygo falou sobre sua relação com o técnico Fernando Diniz na Seleção Brasileira. O jogador do Real Madrid, titular absoluto do Brasil, admitiu que suas características encaixam com a do treinador, mas que nem por isso o comandante deixa de cobrá-lo no dia a dia.

"Acho que todos treinadores têm suas características e as minhas se encaixam com o jeito que o Diniz pensa futebol. Ele me passa que tenho que melhorar muitas coisas, acho que tenho que melhorar todos os aspectos do meu jogo. Ele cobra muito o lado defensivo, de marcar, pressionar. Essa é uma das características que quero melhorar, de ser agressivo, me movimentar. Tem muitas vezes que fica gritando comigo à beira do campo, tem horas que eu acho chato (risos), mas sei que é para meu bem, e estou muito feliz de trabalhar com ele. Espero que a gente fique junto por um bom tempo e que as coisas voltem a dar certo", comentou Rodrygo neste sábado, em entrevista coletiva.

O jogador aproveitou para falar sobre o clássico contra a Argentina, que será disputado na próxima terça-feira (21), no Maracanã. Além da rivalidade, o jogo é importante para o Brasil se recuperar nas Eliminatórias Sul-Americanas, já que a equipe vem de uma sequência de três jogos sem vitória.

"Acho que é difícil prever, é sempre um jogo que, independente da situação dos times, é difícil falar antes. As equipes têm que se respeitar. Vamos tomar todos os cuidados possíveis. Não dá para prever antes, se vão pressionar, esperar. Isso é uma dúvida para a gente", disse.

"Brasil e Argentina é sempre diferente, estava conversando com minha família antes de vir. É muito especial e, claro, com tudo que envolve. Mesmo tendo pouca idade e tendo participado de jogos importantes, esse com certeza vai ser top-3 em jogos mais importantes para mim", complementou o atacante.

O Brasil se encontra na quinta colocação das Eliminatórias Sul-Americanas, com sete pontos conquistados. A Argentina, por vez, lidera o torneio com 12 unidades.

Veja outros trechos da coletiva de Rodrygo:

Responsabilidade na ausência de Vini Jr.

"Normal as responsabilidades irem aumentando. Estamos sem Neymar, agora o Vini, esperam ainda mais de mim e espero retribuir. Estou trabalhando todo dia e fazendo meu melhor, espero que tudo dê certo".

Atuar como meio-campista

"Vou tentar me adaptar nessa função de camisa 10, sei da responsabilidade. É tentar agarrar essa oportunidade da melhor maneira, sei que minha vida inteira fui mais atacante, mas vou tentar me adaptar."

Como vai ser enfrentar o Messi no Maracanã?

"É um dos maiores jogadores da história do futebol, respeitamos muito ele, tudo que ele fez e ainda faz. É um dos maiores jogadores e vamos ter muito cuidado com ele".

Relação com os mais jovens na Seleção

"É uma coisa que estou pouco acostumado, desde pequeno. Sempre joguei com os mais velhos, com uma expectativa sobre mim, responsabilidade. Fui crescendo, aprendendo, passei por coisas no futebol. Posso trazer certa experiência para o grupo, é um ciclo novo, com mudanças. No que puder ajudar, vou ajudar. Sei que sou novo, mas posso passar algo de bom para o grupo."

Diniz precisa de muito tempo para estabelecer seu estilo de jogo?

"Acredito que pela qualidade dos jogadores da Seleção, não precisamos de todo esse tempo que falam. Contra a Colômbia começamos muito bem, mas por um momento nos desligamos. Diniz passou tudo que a gente tinha que fazer, nos passou como poderíamos levar gol. Não precisa de tanto tempo assim, claro que é um futebol diferente, tem um tempo diferente, mas não é algo tão longo. Pela nossa qualidade, conseguimos pegar rápido."

Retorno de Gabriel Jesus

"Estamos muito felizes com a volta do Jesus, ele é muito importante, grande jogador, e se estiver bem, sabemos que ele vai nos ajudar muito."

As ausências impactam muito no rendimento da Seleção?

"É sempre bom ter um time, uma base, uma ideia. Mas acredito muito na qualidade dos jogadores daqui. O Diniz passa uma ideia para a gente, temos que comprá-la e seguir aquilo. Fazendo o que o Diniz pede fica mais fácil, independentemente de quem está em campo. Começamos bem contra a Colômbia, mas paramos e perdemos o jogo. Mas não vejo que está tudo errado. Não estamos em um momento tão bom e pedimos o apoio do povo brasilro, da nossa torcida. Jogar um Brasil e Argentina no Maracanã vai ser muito especial. Sempre é uma alegria estar aqui."