Romário reconhece favoritismo da Argentina no clássico e diz que Brasil "precisa jogar" para Neymar

Um dia antes do clássico contra a Argentina, ex-atacante do Brasil, Romário concedeu entrevista. Na noite desta segunda-feira, apesar de ter reconhecido que os argentinos são favoritos para vencer o confronto, ele afirmou que está do lado do técnico Fernando Diniz e concordou que a Seleção precisa atacar os hermanos, mas com inteligência.

"Eu tenho certeza que o Diniz e os jogadores sabem o momento que o Brasil está vivendo, que passa pela cabeça dos atletas que a Argentina, como um time que já se conhece há muito tempo, como a atual campeã do mundo, é superior à Seleção, mas o Brasil tem que atacar eles logo nos primeiros minutos", disse ao programa Boleiragem, do SporTV.

O ex-atleta do Flamengo continuou: "Quando eu falo sobre atacar a Argentina, não quero dizer ir para frente e deixar aquele buraco para o Messi pegar a bola e avançar em um contra-ataque. O Brasil joga em casa, no Maracanã, e precisa mais do que nunca da vitória".

O 'baixinho' também deu sua opinião sobre Neymar. Ele afirmou que, apesar dos números e marcas expressivas, o camisa 10 ainda não atingiu o seu patamar com a Amarelinha e não chegou no nível de grandes jogadores que passaram pela Seleção, como Zico e Ronaldo.

"Os números realmente são impressionantes, ele é merecedor e um dos melhores jogadores que eu vi jogar com a Seleção Brasileira. Mas quando se fala em alto nível, de patamar bem acima, ainda falta um pouquinho para o Neymar. Eu atribuo isso até pela falta de uma Copa do Mundo, que ele ainda não teve oportunidade de ganhar", declarou Romário.

No entanto, o ex-atacante do Vasco afirmou com certeza que o camisa 10 pode, sim, atingir o seu patamar. "Ele pode chegar, mesmo já tendo 30 anos. Ele ainda tem condições de chegar nesse nível", completou.

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Quando questionado se acreditava que o Brasil precisava fazer seu jogo em torno do camisa 10, o ex-atacante citou o caso do título da Argentina na Copa do Mundo de 2022, no Catar. Na conquista, o estilo de jogo do técnico Scaloni privilegiou o craque do time, Lionel Messi.

"O Neymar é, para mim, o grande nome que nós temos na equipe. É um cara que faz falta. Confio nele e tenho esperança de que possa resolver nosso problema na próxima Copa. A Argentina foi campeã no ano passado pelo simples fato de que todos os jogadores resolveram jogar para o Messi. Nos outros dois, três Mundiais, isso não aconteceu. Então o que a Argentina fez, o Brasil tem obrigação de fazer com o Neymar. Não só na Copa, mas a partir de agora. Tenho certeza que o (Fernando) Diniz vai trabalhar esse time para jogar para o Neymar, porque o Brasil ainda precisa e depende dele", concluiu.

O próximo desafio da Seleção Brasileira acontece já nesta terça-feira. Em clássico válido pela sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo 2026, o Brasil recebe a Argentina, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro. A Canarinho ocupa a quinta posição, com sete pontos, enquanto os hermanos estão na liderança, com 12.

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