Abel evita falar sobre legado no Palmeiras: 'a estrela é nossa equipe'

Há mais de três anos no Palmeiras, Abel Ferreira já se tornou um grande ídolo da torcida alviverde. Neste domingo, após o empate de 2 a 2 com o Fortaleza, na Arena Castelão, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico foi questionado sobre o seu legado no clube.

O comandante, contudo, evitou falar sobre o tema. Para ele, a resposta será revelada com o tempo. O português ainda aproveitou para citar a importância da torcida nessa sua trajetória vitoriosa na equipe.

"O legado é uma coisa que fica daqui dez ou 15 anos. Eu sou o que sou hoje pela quantidade de livros que li. Sempre gostei muito de ler, todos os gostos. Na minha opinião, esse é o maior legado que posso deixar no Brasil. É um período em que todos estão trabalhando. É bom fazer parte disso. Eu ainda sou novo, o legado vem no futuro e não quero pensar nisso", comentou.

"Eu tenho um carinho e um respeito muito grande pelos torcedores palmeirenses, mesmo aqueles mais cornetas, faz parte. Eu nunca imaginei na minha vida como treinador que iria criar uma relação tão forte com o elenco e com a torcida. Tenho um carinho e uma gratidão muito grande com todos torcedores. Eles são muito importantes nas nossas conquistas. Fazemos o máximo para lhes dar alegrias. Também sou torcedor. O mesmo orgulho que eu sinto, é o que eles sentem", completou.

Abel também aproveitou para destacar o seu o orgulho pelos jogadores e apontou que a grande estrela do time é justamente o coletivo.

"Mais do que falar, e ver atitude da minha equipe em campo. O 'todos somos um', a resiliência, o nunca desistir, nós vimos tudo isso no nosso time. Esse é o meu maior orgulho. A maior forma que temos para influenciar os outros é pelo exemplo. Sei que nem sempre sou o maior exemplo, mas em muitas coisas sou. Não sou perfeito, sou ser humano como vocês. Fico com muito orgulho vendo o valor do meu time. Os jogadores interpretam como ninguém. O meu orgulho é o que vocês veem dentro das quatro linhas", disse.

"Menos para mim é mais. O jogo divide-se por momentos. Há momentos em que tem que ser simples, vertical e objetivo. Mas há outros que têm que propor o jogo. Conseguimos mesmo com um a menos propor o jogo, alargar o jogo, ir por dentro e fazer dois gols. Eu acho que nossa equipe é equilibrada, organizada, que gosta de jogar de forma coletiva, que entende que a estrela é a própria equipe. Não me vejo de forma individual", ampliou.

"Acima de tudo, fico muito orgulhoso por não rotulamos ninguém. A estrela é nossa equipe, que está acima de tudo e de todos. Os jogadores sabem disso. Procuro que minha forma de jogar seja uma filosofia de vida, de nunca desistir e dar o melhor de si. É uma filosofia de vida que procuro aplicar no futebol. Todos são responsáveis e dependem um dos outros", finalizou.

Com o empate em Fortaleza, o Verdão segue na liderança do torneio, com 63 pontos, assim como o Flamengo, que venceu o América-MG e encostou na briga. O Botafogo, por sua vez, empatou com o Santos e caiu para terceiro, com 62.

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O Palmeiras volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), quando recebe o América-MG no Allianz Parque, pela 36ª rodada do Brasileirão.

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