Novo presidente do Santos lida com déficit de R$ 62 milhões e tenta reduzir folha
Nesta terça-feira (9), Marcelo Teixeira completa exato um mês de sua eleição como presidente do Santos para o triênio de 2024 a 2026. Com tão pouco tempo no cargo, o dirigente já precisa lidar com uma série de problemas, como um enorme rombo financeiro herdado da antiga gestão e uma alta folha salarial.
Em coletiva de imprensa realizada na última segunda, na Vila Belmiro, Marcelo Teixeira ilustrou a crise financeira vivida pelo clube em números. De acordo com ele, o último presidente, Andres Rueda, deixou na equipe um rombo de R$ 73.621.105,00.
Essa quantia diz respeito a um déficit de R$ 62,6 milhões, além de outros compromissos em aberto, por volta de R$ 10,9 milhões, que precisam ser pagos até o dia 10. Para isso, a diretoria conta com quase R$ 140 milhões que foram arrecadados com a venda de jogadores.
Sob o comando de Teixeira, o Peixe já negociou Dodi, John, Jean Lucas, Gabriel Pirani e Marcos Leonardo. Soteldo, Lucas Barbosa e Lucas Braga foram emprestados, sendo que os dois primeiros não renderam nenhum montante aos cofres do clube, a não ser a economia dos vencimentos.
"Quando estivemos empossados, fiz um compromisso de que faríamos as primeiras exposições da realidade que nós assumimos o Santos. De uma forma objetiva e rápida, nós vamos procurar esclarecer. Nós queremos ter como marca a transparência da gestão", disse o dirigente.
Teixeira tenta reduzir alta folha salarial do Santos
Uma das principais missões de Marcelo Teixeira é reduzir a folha do Santos. Os salários ligados ao departamento de futebol custam, ao todo, R$ 16 milhões, fora direitos de imagem. A diretoria, então, dividiu o elenco em dois grupos: o primeiro reúne aqueles que serão aproveitados, enquanto, no segundo, estão os que possuem futuro indefinido ou não estão nos planos da comissão técnica de Fábio Carille.
A folha salarial do grupo 1 já caiu pela metade. Resta agora solucionar o caso de jogadores que estão no outro grupo, como o atacante Mendoza, o meia Lucas Lima e o zagueiro João Basso.
Outra estratégia adotada pelo clube foi negociar a redução salarial com atletas considerados importantes. Destes, o Peixe já conseguiu novos acordos com Tomás Rincón, Julio Furch, João Paulo e Diego Pituca. O próximo que pode entrar nessa lista é Alfredo Morelos, que ainda mantém conversas para diminuir seus vencimentos.
Segundo planilha apresentada por Marcelo Teixeira, as reduções geraram ao Santos uma economia de R$ 700 mil.
Primeiros atos da gestão
Apesar de assumir oficialmente só após a virada do ano, o presidente já vinha trabalhando desde antes de ser eleito. Neste período, ele promoveu algumas movimentações importantes no time.
Para o plantel, chegaram nada mais, nada menos do que 13 reforços. Foram eles: o zagueiro Gil, os laterais Aderlan, Jorge e Hayner, os meio-campistas Diego Pituca, João Schmidt, Giuliano e Cazares, e os atacantes Pedrinho, Otero, Marcelinho, Guilherme e Willian Bigode. O clube ainda busca um goleiro para fazer sombra a João Paulo.
Outra contratação foi a do técnico Fábio Carille, escolhido por Marcelo Teixeira e pelo coordenador Alexandre Gallo para liderar a reconstrução do Santos. Restar acertar, porém, a questão da multa rescisória com o V-Varen Nagasaki, antiga equipe do treinador. O valor ainda não foi depositado pelo Peixe, e o clube japonês fez uma cobrança pública.
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