Fofão projeta seleção feminina de vôlei nas Olimpíadas de Paris: 'Vai ser pódio'
O vôlei do Brasil está se preparando para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris, que acontece entre 26 de julho e 11 de agosto deste ano. Medalha de prata em Tóquio-2020, a seleção brasileira feminina teve um ciclo olímpico conturbado e sem grandes conquistas, mas segue como um nome forte para a disputa em solo francês.
Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, a ex-levantadora Fofão, ouro nas Olimpíadas de Pequim-2008 e bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000, projetou como enxerga que será a participação brasileira no torneio de 2024. A ex-atleta afirmou que não vê a equipe comandada por José Roberto Guimarães como favorita, mas garante que o Brasil tem potencial para ser pódio.
Só quem viveu sabe! ?
?? e ?? no @volei feminino nos anos 90 era ?! #volleyball #volei pic.twitter.com/5e1xHkYwew
? Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) October 17, 2023
"Vejo assim, o Brasil sempre tem... Não foi um ciclo que deu a segurança que somos favoritos. Sempre acompanhamos o ciclo e vamos vendo como será, como as outras seleções estão se preparando. O Brasil não vai como favorito para a medalha de ouro, vai ser pódio, acho que tem condições para isso, mas estamos vendo que outras seleções estão mais fortes. Porém, sempre penso que o favoritismo não quer dizer nada. Você ir como favorito, no esporte, nunca é fato. Não é porque você é o favorito que ganhará. Só na época que Cuba era Cuba mesmo que o favorito sempre ganhava. Mas, acho que o favoritismo acaba prejudicando um pouco, então fico muito feliz de estar falando que o Brasil não é favorito. Acho que isso deixa o trabalho das meninas mais leves, sem tanta responsabilidade. E essa falta de responsabilidade pode nos surpreender", disse.
"Prefiro falar que elas não são favoritas, e que voltem com a medalha de ouro, a falar que são favoritas, e voltem sem medalha. Acredito que o Brasil, pelo que conheço das meninas, do Zé [Roberto Guimarães, técnico] e do trabalho, vão fortes, vestirão a camisa como sempre foi, com muita raça, como sempre esperamos. E que estejam no pódio, se tiver lá em cima, com a medalha de ouro, será bom para elas, para o vôlei feminino brasileiro. É isso que eu, como ex-atleta e torcedora, desejo, que o vôlei feminino sempre conquiste o lugar mais alto", continuou a atual técnica da Seleção feminina sub-17.
Fofão comenta expectativa para seleção masculina em Paris
Com longa passagem pela Amarelinha — foi a primeira atleta do vôlei a disputar cinco edições de Jogos Olímpicos (1992, 1996, 2000, 2004 e 2008) —, Fofão comentou também sobre a expectativa para o desempenho da Seleção masculina em Paris e falou sobre o retorno de Bernardinho, com quem trabalhou por anos, ao comando técnico do time.
"Acho que vai ser um desafio, porque é muito difícil quando você troca de comando na véspera de uma competição importante. Mas, já trabalhei com o Bernardo, sei da capacidade dele e o que ele vai querer tirar dos atletas. Talvez seja uma caminhada difícil, porque sabemos que, no masculino, tem seleções que vão muito forte, mas eu torço para que ele consiga montar uma boa equipe, levar um time forte e que também suba no pódio. É esse desejo. Porém, é uma caminhada que vai começar agora e que eu torço para que ele consiga ajustar da melhor forma", completou Fofão.
Com 12 seleções em cada categoria, o vôlei sofreu alterações no formato de disputa para Paris-2024 com relação a Tóquio-2020. A fase preliminar, por exemplo, terá três grupos de quatro equipes ao invés de duas chaves de seis, como foi no Japão.
As duas melhores seleções de cada grupo e os dois melhores terceiros lugares avançam à fase decisiva dos Jogos Olímpicos. Não haverá mudanças no mata-mata, que começa nas quartas de final.
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