Barcelona é condenado a pagar multa de R$ 123 milhões após irregularidades
Nesta sexta-feira (9), o Barcelona foi condenado pelo Tribunal Econômico Administrativo Central da Espanha a pagar cerca de 23 milhões de euros (123,19 milhões de reais na cotação atual) após fraudes fiscais envolvendo o Imposto de Renda relacionados aos pagamentos efetuados a empresários de jogadores da equipe catalã.
Entre os anos de 2012 e 2015, o clube não fez o desconto obrigatório do valor do Imposto de Renda. Os presidentes da época foram Sandro Rosell seguido por Josep María Bartomeu. O Barcelona apresentou uma defesa sobre o caso, em 2020, na qual alega que os valores pagos aos agentes contratados pelo clube correspondem à remuneração acordada pelos seus serviços prestados à entidade desportiva.
Todavia, o tribunal explicou as razões pelas quais a atitude do Barcelona pode ser considerada fraude: "Pelos fatos apurados pela Fiscalização, verifica-se que os pagamentos efetuados pelo Clube foram em nome e por conta dos atletas que são os verdadeiros destinatários dos serviços prestados pelos agentes, embora se verifique que os agentes prestam um serviço encomendado pelo Clube ou em representação do Clube".
"Parece que o clube está a remunerar o agente por serviços inexistentes, quando, na realidade, parte da remuneração está a ser paga desta forma ao jogador, pelos serviços que presta ao clube", salienta.
? Comunicado del FC Barcelona https://t.co/hnkGeVAiPi
? FC Barcelona (@FCBarcelona_es) February 9, 2024
Na tarde desta sexta-feira, o Barcelona emitiu um comunicado oficial a respeito da condenação. "É surpreendente que esta secção do Contencioso Administrativo do Tribunal Nacional não tenha tido em conta a jurisprudência mais recente do Supremo Tribunal a este respeito, e da qual outros clubes de futebol puderam beneficiar em decisões recentes sobre o mesmo problema", dispara o clube.
Em nota, os catalães indicam que não devem realizar pagamento algum. "Esta decisão não implica qualquer obrigação de pagamento para o clube neste momento, estando esta contingência devidamente provisionada nas contas anuais", conclui.
A sentença foi definitiva, ou seja, não há mais o que o clube catalão possa fazer para recorrer ou anular o resultado já estabelecido pelo Tribunal Econômico Administrativo Central.
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