Polícia abre investigação sobre suposto laranja em acordo do Corinthians com a VaideBet

A Polícia Civil de São Paulo abriu investigação preliminar a respeito da possível presença de um 'laranja' no processo de intermediação do contrato de patrocínio do Corinthians com a casa de apostas VaideBet.

O caso foi registrado na última semana, no Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC), e é investigado pela terceira delegacia responsável por casos de lavagem de dinheiro.

A investigação tem como base o Artigo 5, Parágrafo 3 do Código Penal. Tiago Fernando Correia é o delegado que está encarregado do caso. A informação foi publicada inicialmente pela ESPN e confirmada pela Gazeta Esportiva.

A DPPC já investigou outros possíveis casos de lavagem de dinheiro envolvendo o Corinthians, como por exemplo no ano passado, às vésperas da eleição do clube então presidido por Duilio Monteiro Alves. Contudo, na época, nada foi encontrado.

A suposta existência de uma empresa laranja foi divulgada pelo Uol, que dizia que a Neoway Soluções Integradas em Serviços LTDA recebeu uma parte da comissão de R$ 25 milhões, paga pelo Corinthians à Rede Social Media Design LTDA.

Após forte repercussão, o Timão notificou a Rede Social Media Design LTDA e pediu esclarecimentos. A agência tem como o sócio-administrador Alex Cassundé, que foi inserido no grupo de campanha do presidente Augusto Melo no período eleitoral do clube, por indicação de Sérgio Moura, superintendente de marketing que pediu licença do cargo que exercia no Corinthians.

A VaideBet, por sua vez, emitiu uma nota oficial e afirmou que vem cobrando a diretoria corintiana e já notificou aos diretores alvinegros a sua insatisfação com as recentes notícias publicadas.

A empresa ainda confirmou a presença de um intermediário no acordo, mas não divulgou o nome deste. Insatisfeita, a VaideBet diz "avaliar os próximos passos" e não descarta rescindir o contrato de patrocínio caso a situação persista.

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