Santos: Marcelo Teixeira admite 'erro' e demonstra confiança em Fábio Carille

O presidente Marcelo Teixeira convocou uma entrevista coletiva nesta sexta-feira e falou sobre o momento do Santos na Série B do Campeonato Brasileiro. O dirigente assumiu 'erros' de planejamento do clube para o torneio e reforçou confiança no trabalho exercido pela comissão técnica de Fábio Carille.

Uma das falhas citadas por Marcelo Teixeira foi a decisão de levar o jogo contra o Botafogo-SP para Londrina. Com a mudança, o Peixe disputou quatro partidas consecutivas longe do seu estádio, a Vila Belmiro, e obteve quatro reveses na Segunda Divisão.

Marcelo Teixeira considerou a alteração de logística um erro que prejudicou a equipe na Segunda Divisão. O time irá jogar as próximas partidas na Vila e, nestas próximas semanas, estudará novas alternativas com relação ao mando de campo em outras praças.

"Foi um erro nosso. Não é da comissão, nem dos atletas. Nós atingimos todos os objetivos ao transferir o mando de campo para Londrina. As propostas de campanha, de fazer jogos em São Paulo. Também prestigiamos os torcedores do Paraná. Foi um erro porque tivemos quatro jogos seguidos longe da Vila Belmiro. Se fossemos escolher outro jogo, nós hoje poderíamos estar com mais três pontos na tabela. A Vila tem um aspecto diferente. O desgaste fez com que essa programação não fosse tão adequada para que o Santos continuasse no topo da tabela. Revisto isso, vamos estudar outras alternativas em termos de mandos de jogos. Mas, por enquanto, os jogos estão mantidos para a Vila Belmiro", afirmou o presidente no CT Rei Pelé.

Presidente do Santos, Marcelo Teixeira concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, no CT Rei Pelé

Marcelo Teixeira também deu respaldo a Fábio Carille no comando técnico da equipe. O treinador estava convivendo com muita pressão em virtude da má fase vivida pelo time, mas ganhou um respaldo com a vitória sobre o Goiás, por 2 a 0, na última quarta-feira, na Vila Belmiro.

"Para nós, é sempre de uma forma transparente e firme nas nossas convicções. A pressão existe e tem que ser administrada. Alguns gostam, outros não, o futebol é assim. O resultado é importante, mas temos que ver o desenvolvimento do trabalho. Até outro dia eu comentava isso. Não lembro na minha trajetória esportiva de ter quatro derrotas seguidas. Acontece. Por isso, o presidente não presta? Agora, você tem que ver o desempenho daquilo que está sendo feito. Nós estamos com controle total, jogando uma série diferente, sabedores que, às vezes, o Santos não vai se apresentar muito bem. Série B é isso, nem sempre será espetáculo. É jogar bem, que é o que queremos, e ganhar. Jogar mal e ganhar. Precisa somar pontos", declarou.

"Tudo isso faz parte de um contexto dessa dura e necessária realidade que o Santos vive. Os erros têm que ser corrigidos. Se eles forem corrigidos, e não tiver resultado, aí sim você deve tomar uma medida. E não é o caso. Você tem que dar material humano, e vou dar. O Santos vai compor o seu grupo e vai dar sequência ao trabalho desenvolvido na Série B", concluiu.

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Em sua última entrevista coletiva, Fábio Carille também admitiu que cometeu "erros" entre o término do Paulista e o início da Série B. O clube está ciente da necessidade de buscar reforços, mas age com cautela no mercado.

A vitória sobre o Goiás aliviou as cobranças sobre Carille e amenizou a crise do Santos. O time, agora, ocupa o quinto lugar da tabela da Segunda Divisão, com 18 pontos, três abaixo do líder América-MG.

O próximo compromisso do Santos está agendado para a próxima terça-feira. O Peixe encara o Mirassol, a partir das 19h (de Brasília), no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia, pela 12ª rodada da Série B.

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