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Falta de dinheiro e credibilidade abalada: entenda por que missão do Corinthians no mercado é difícil

23/06/2024 07h00

O Corinthians do presidente Augusto Melo quer se reforçar na janela de transferências de julho. Em conversas com organizadas, o mandatário prometeu a chegada de quatro jogadores titulares e a diretoria está mapeando diferentes nomes. No entanto, a missão da cúpula corintiana não será nada simples, e o "chapéu" aplicado pelo Cruzeiro na negociação com Walace ajuda a entender o complicado cenário.

É sabido por todos que o Corinthians atravessa grave crise financeira. O clube tem uma dívida avaliada em R$ 2,1 bilhões e sofre com diversas pendências, seja com jogadores ou com clubes. Mais recentemente, o Timão atrasou uma parcela da compra do zagueiro Félix Torres e o Santos Laguna já informou que pretende levar o caso à Fifa, podendo assim gerar um transfer ban ao clube brasileiro.

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Em relação ao elenco, os jogadores estão há dois meses sem receber direitos de imagem. Neste mês, o clube também atrasou o pagamento de salários em carteira aos atletas e funcionários.

A reportagem da Gazeta Esportiva apurou que, para custear os reforços, o presidente Augusto Melo vem consultando investidores e empresas financeiras em busca de aporte. A diretoria também conta com venda de atletas para fazer caixa e com o recebimento de cerca de R$40 milhões das negociações que envolveram o zagueiro Murillo (Nottingham Forest) e Felipe Augusto (Cercle Brugge).

Ademais, o clube pode ter outras receitas importantes em breve, caso consiga fechar um novo patrocínio master e chegue a um acordo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2025 a 2029.

Outro ponto que preocupa pessoas do clube ouvidas pela Gazeta Esportiva é o noticiário negativo do Corinthians, especialmente no que diz respeito a todos os desdobramentos da rescisão da casa de aposta VaideBet. O fato do nome da agremiação estar em páginas policiais é algo que afasta o interesse de atletas e empresários, na visão das fontes consultadas pela reportagem.

Por fim, mas não menos importante, a fase do time em campo não colabora com a busca por reforços. O Corinthians se encontra na 18ª posição do Campeonato Brasileiro e luta contra o rebaixamento. O técnico António Oliveira "balança" no cargo e pode ser mandado embora caso a equipe não vença o Athletico-PR neste domingo, fora de casa.

Desde a temporada passada, na gestão Duilio Monteiro Alves, o futebol do Corinthians é marcado pela instabilidade. Em 2023, o clube teve quatro técnicos diferentes, enquanto neste ano está no segundo.

Por conta deste cenário traçado, a Gazeta Esportiva apurou que há um pessimismo interno quanto à chegada de contratações, apesar do discurso otimista do presidente Augusto Melo.

A reportagem apurou que o Corinthians quer um goleiro, um segundo volante e dois nomes para o ataque. O Timão tentou a contratação de Walace, mas viu o atleta optar pelo projeto do Cruzeiro.

Outros nomes que estão no radar são o goleiro Santos, o meia Lucas Evangelista e o ponta uruguaio Facundo Pellistri.

No início do ano, o Corinthians comprometeu cerca de R$ 130 milhões em reforços, dando início à reformulação em relação ao ano passado. Contrastando com o que o time apresenta em campo, o clube possui uma das maiores folhas salariais do país, avaliada em cerca de R$ 20 millhões.

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