Corinthians: Entenda como jogam as equipes comandadas por Ramón Díaz
O Corinthians anunciou na última quarta-feira (10) a contratação do técnico Ramón Díaz, que estava sem clube após deixar o Vasco. Com o desafio de livrar o Alvinegro da queda para a segunda divisão, o comandante argentino gosta de equipes verticais, que chegam ao ataque em poucos toques. A reportagem separou alguns dos princípios que o treinador não abre mão em suas equipes.
Forte jogo pelos lados
As equipes de Ramón Díaz gostam de utilizar os lados do campo para atacar. Seja com laterais bem ofensivos ou pontas que atuam ao pé natural (destro no lado direito e canhoto no esquerdo), a proposta passa por dar profundidade pelos flancos e aproveitar cruzamentos.
O Vasco de Ramón, por exemplo, atuava majoritariamente com dois laterais ofensivos (Lucas Piton e Paulo Henrique) e abusava de cruzamentos para o centroavante Vegetti.
Importância do 1º volante na saída de bola
Por vezes, as equipes treinadas por Ramón Díaz utilizam uma "saída de três", com o primeiro volante auxiliando os zagueiros na construção ofensiva. No Vasco, Zé Gabriel era o principal encarregado de executar esse papel na campanha que livrou a equipe do rebaixamento.
Classificação e jogos
No Corinthians, quem mais se aproxima dessa função é Raniele. Nos tempos de Mano Menezes, o camisa 14 fazia esse papel na "saída de três" com frequência.
Preferência por jogo vertical
Ramón gosta que suas equipes ataquem com poucos toques na bola. A posse de bola improdutiva, com muitos passes para o lado e para trás, incomodam o treinador e sua comissão técnica.
É comum, portanto, que seus times usem ligação direta em busca de um centroavante de referência para ganhar primeiras bolas e superar pressões altas dos adversários. No Corinthians, neste momento, o atacante que mais tem esse perfil é Pedro Raul, sobretudo pela sua estatura.
Forte pressão no setor da bola
Não é sempre que os times comandados por Ramón sobem a marcação, mas algo inegociável é a forte pressão no setor da bola, para recuperar a posse o quanto antes. A ideia é acumular jogadores em uma mesma região do campo para dificultar a vida do adversário que estiver com a bola nos pés.
Após recuperar a posse, é normal ver seus times acelerarem em transição para contragolpear com velocidade e superioridade numérica.
Qual o esquema tático preferido?
Ramón não costuma se prender a um único esquema. Gosta de equipes que atuam em 4-3-3/4-1-4-1, mas pode optar por duas linhas de quatro e dois atletas avançados, ou formação com três zagueiros.
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