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Corinthians: Presidente do Conselho analisa pressão por impeachment de Melo

Augusto Melo, presidente do Corinthians, antes de jogo contra o Cruzeiro no Mineirão Imagem: Fernando Moreno/AGIF

15/07/2024 07h30

Romeu Tuma Júnior, presidente do conselho deliberativo do Corinthians, explicou como funciona o processo de impeachment no clube e analisou a pressão vivida por Augusto Melo, presidente alvinegro.

Há muita pressão dentro do clube para que seja aberto o pedido, já que o Corinthians vem somando cada vez mais problemas internos, dentre eles a rescisão de contrato com a Vai de Bet por meio de cláusula anticorrupção após a denúncia de empresa laranja no acordo de intermediação.

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"Para acontecer, precisa ter crime estipulado no estatuto. Posteriormente há uma representação que precisa ser aceita pelo presidente do Conselho, então vai para a ética, que precisa concordar. Depois vai para o plenário, e o plenário vota. Quando é um pedido de impeachment, passa pelo presidente e ele faz um parecer. Após isso vai para a ética, ela também faz um parecer, e então vai para o plenário e ele vota. Caso ele aprove, o pedido de impeachment vai para a assembleia geral, onde todos os sócios são chamados para votar como se fosse uma eleição. Caso os sócios afastem o presidente, você tem o impeachment", declarou o dirigente, em entrevista ao Mesa Redonda, da TV Gazeta.

"O presidente do conselho, então, chama o primeiro vice para tomar posse e ele tem 30 dias para ficar no cargo. Durante esse período, o presidente do conselho convoca uma eleição que é feita dentro do conselho. Os candidatos saem do conselho, depois há uma eleição interna, e quem ganhar assume o cargo", explicou.

"O processo de impeachment ainda não foi aberto pois ninguém apresentou [oficialmente o pedido]. Eles fazem tanta fofoca na mídia de que o Tuma está protegendo o Augusto Melo. Ninguém pediu impeachment, eles só fazem fofoca para demolir o Corinthians. Ninguém pediu impeachment, como eu vou estudar esse processo? Todo esse barulho é para estragar o Corinthians, as pessoas só querem destruir o clube", afirmou.

Eleito no dia 1° de fevereiro com 164 votos, 55 a mais que Jorge Kalil, Tuma falou justamente do processo de transição do clube.

"Para quem ganhou uma eleição de uma forma assombrosa e com um baita discurso, tem que se mostrar desse tamanho. Então qualquer erro, que é normal no começo de gestão, vai transparecer, pois todos que estavam desgastados na gestão passada vão reclamar. Não acho que a gestão passada tenha sido tão ruim como se prega. No Corinthians, se você não ganha título, é um desastre, se você ganhar um campeonato, ninguém vê mais nada, é a melhor gestão do mundo, mas para quem é dirigente e conselheiro, sabe que as coisas não são assim".

Ele ainda comentou sobre a fala de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, dizendo que seria um "caos" caso Augusto Melo assumisse a presidência por conta da falta de experiência.

"O cara não precisa saber o que é esporte aquático para fazer uma boa gestão. Se você é presidente, você precisa saber escolher as pessoas certas para lugares certos. Se você montar uma diretoria, você pega o melhor profissional de marketing, o melhor advogado, e temos isso no clube hoje, não tínhamos até outro dia. Tem muita coisa que se fala por aí e ninguém vai atrás do que o diretor de comunicação estava fazendo. Hoje mudou, não estou defendendo a gestão, mas estou falando como eu faria a gestão. O presidente do Corinthians não precisa entender de tudo, ele precisa entender de montar uma boa equipe e deixar ela trabalhar", falou.

Romeu Tuma também explicou que a diretoria do clube começou a se decompor em poucos meses por conta dos acordos políticos.

"É um pouco de tudo. O grande problema do Corinthians hoje é fatiar o governo antes da eleição. É acordo político com pessoas que você sabe que não são bem aquilo que você acha que são. Isso começou na campanha, você juntou o grupo para ganhar a eleição que sabia que não era identidade com você", disse.

Por fim, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians afirmou ter uma ótima relação com todos os outros ex-presidentes do clube.

"Eu tenho uma ótima relação com Augusto Melo, como eu tenho com Duílio, Andrés Sanchez e André Negão, que foi candidato. Eu tenho posição conciliadora, isso não interfere na minha responsabilidade de fiscalizar. Se a pessoa errar, vai se responsabilizar no termo do estatuto. Não há solução fora do estatuto do Corinthians, tudo o que é ruim e bom, está lá. Nós montamos uma comissão agora para reforma estatutária, está em andamento, mas só vai ser feito no Corinthians o que está no estatuto. Então se o cara ferir o estatuto, ele vai seguir o procedimento", concluiu.

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