Mesa-tenista brasileiro, Hugo Calderano acredita em Olimpíada aberta e "pressão" nos chineses
21/07/2024 21h40
O tênis de mesa chegará na sua edição de número dez nas Olimpíadas de Paris. Da primeira edição, em Seul-1998 até Tóquio-2020, foram distribuídas 115 medalhas, com amplo domínio chinês, que subiu ao pódio em 59 ocasiões. O cenário, no entanto, pode ser diferente na capital francesa. Para o brasileiro Hugo Calderano, as disputas tendem a ser mais equilibradas do que nas edições passadas, dificultando a missão de Wang Chuqin e Fan Zhendong em manter essa hegemonia.
"Não é segredo para ninguém que os chineses são os favoritos para chegar às finais. Porém, o nível dos adversários estrangeiros, em geral, tem subido muito, então acho que essa Olimpíada vai ser bem aberta e que os chineses vão ter bastante pressão, não só minha, mas de outros atletas também, pois a concorrência está muito alta. Tem uns dez jogadores que também podem brigar por medalha e dificultar a vida deles", disse Hugo Calderano.
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Em sua segunda Olimpíada, no Japão, Hugo fez história ao alcançar a fase de quartas de final, a melhor colocação do Brasil na história do megaevento. Ele terminou Tóquio-2020 na quinta posição. Os chineses foram soberanos e fizeram a final, ficando com as medalhas de ouro e prata.
"É uma questão de preparação. É fundamental se preparar da melhor forma possível porque você sabe que os chineses vão jogar bem e possuem muita tradição. Então, para eles, qualquer coisa que não seja ouro e prata não será o suficiente. Portanto, eles entrarão com essa mentalidade, mas acredito que seja possível, principalmente nos Jogos Olímpicos. Você tem que chegar preparado e estar pronto para agarrar a oportunidade se ela aparecer", concluiu.
O único ouro de um não-asiático no tênis de mesa olímpico saiu em Barcelona, no ano de 1992, em uma histórica final europeia. O ouro ficou com o sueco Jan-Ove Waldner e prata com o francês Jean-Philippe Gatien. Assim como na primeira edição, novamente houve disputas individuais e de duplas.