Abel avalia cobrança por sequência do Palmeiras e pede apoio da torcida: "Vai ser contra tudo e todos"

O Palmeiras arrancou um empate do Internacional, por 1 a 1, neste domingo, no Beira-Rio, interrompendo a sequência de três derrotas seguidas na temporada. Rony marcou para o Verdão no fim do segundo tempo depois do Colorado abrir o placar na etapa inicial no duelo válido pela 21ª rodada do Brasileirão.

Depois do empate, o técnico Abel Ferreira avaliou o momento do Verdão, avaliando todo trabalho feito por ele e sua comissão ao longo dos quatro anos. O treinador falou sobre os momentos de frustração e pediu apoio da torcida no momento decisivo da temporada.

"Sabíamos que vínhamos de um mau momento, derrotas seguidas. Ninguém aqui dentro está acostumado, nem treinador nem jogadores, em função do que tem sido o passado recente. Na vida e no futebol não há só alegrias, há frustrações. É nesse momento que vemos quem está conosco e quem não está. É nos momentos de frustração que vemos quem nos apoia incondicionalmente ou quem apoia só de vez em quando. Todos somos um dentro do CT, em todos os momentos", disse.

"Falei com os jogadores ao longo desse período difícil, que faz parte. Não conheço só equipes que vençam, só treinadores que ganham ou jogadores que só joguem bem. Chegou nosso momento de sofrer, sofrer juntos. Para aqueles que não querem entender ou que não gostam do Palmeiras, já disse que houve saídas, entradas, há um período de adaptação. Há jogos que baixaram de rendimento, por questões emocionais. Esse foi um mês que fomos fortemente por interesses e clubes estrangeiros em nossos jogadores, mexem com eles. Há propostas que chegam e mexem, mas mais do que isso, a quantidade de lesões que tivemos nesse período que não tivemos em anos anteriores", seguiu.

O treinador aproveitou o pós-jogo para esclarecer que não há qualquer problema com jogadores dentro do elenco. Devido à sequência de três derrotas seguidas, o português vinha sendo criticado por escolhas nas escalações e as feitas ao longo do jogo.

"Nunca tive problema com nenhum jogador. Trato como se fosse minha família. As coisas são feitas dentro do grupo e ali que está nossa força. E claro contamos com torcedores, é para eles que vamos jogar, que vamos continuar a lutar por títulos ainda este ano. Sabemos que a vida é feita de alegrias, tristezas. Todos gostam de ganhar, mas nenhum gosta de ganhar mais que eu. É nesse período que temos que ver quem quer continuar a pertencer e ajudar o grupo a continuar a ganhar. A força tem que vir de dentro. Todos somos um e não pode ser só na vitória. Aqui dentro todos temos responsabilidades. O treinador tem a máxima informação e tem como função os jogadores para jogar, gostem ou não. A função do diretor é ajudar na gestão do grupo, contratar e vender jogadores e vender. Nossa presidente é absolutamente extraordinária. E nossa torcida, queremos que nos ajudem na quarta-feira do primeiro ao último segundo, lutar pelo objetivo que é estar na próxima fase. Isso que o Palmeiras vai fazer", declarou.

"Alguns acham que os jogadores e treinadores não querem ter resultados ou que não dão o melhor. Muitas vezes esse é um exemplo de como as questões emocionais podem acontecer a qualquer momento. Nesse momento conseguimos ver os rostos de quem está sempre. Aqui no Brasil isso é um absurdo, muitas vezes criam-se notícias só para criar notícias. Isso é ruim, baixo. Parece que cheguei aqui há quatro dias, mas estou há quatro anos. Não preciso que falem bem de mim, só preciso que me respeitem. Olhando ao passado recente acho que tenho acertado mais, mas peço desculpas pelos erros que cometi. Darei sempre a cara para defender meus jogadores, mas muita coisa aconteceu ao mesmo tempo. E este ano, vai ser contra tudo e contra todos", finalizou.

O Palmeiras entra em campo nesta quarta-feira tentando reverter a derrota por 2 a 0 sofrida contra o Flamengo, no Maracanã, na última semana. A bola rola às 20 horas (de Brasília), no Allianz Parque, em São Paulo (SP).

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