Rebeca comemora recorde olímpico e confirma provável despedida do solo: "Acho que foi a última"

Rebeca Andrade não cansa de fazer história nos Jogos Olímpicos de Paris. Nesta segunda-feira, a ginasta desbancou a norte-americana Simone Biles na final do solo e ganhou medalha de ouro, a primeira dela na França. Além disso, a brasileira bateu um recorde histórico e se tornou a maior medalhista do país na história dos Jogos. Ela comemorou o feito e se disse "muito orgulhosa" de suas apresentações.

"Estou muito feliz e muito orgulhosa das minhas apresentações. Mesmo tendo algumas falhas ali na trave, segurei firme, faltava só o solo. Fiz o meu melhor na trave e no solo, e o ouro veio. Estou muito orgulhosa de mim, do pódio, das mulheres. Tudo o que estamos construindo", comemorou a ginasta à TV Globo.

A brasileira não conteve as lágrimas ao perceber que havia ganhado medalha de ouro. Ela afirmou que caiu no choro por ter encerrado as Olimpíadas com chave de ouro. E melhor ainda, sem nenhuma lesão.

"Orei bastante para Deus antes de vir para cá para que fosse uma competição boa. Para que eu aproveitasse e voltasse para casa sem me lesionar, que nada de ruim acontecesse. O choro foi por isso. Foi o que pedi para Deus, estou aqui inteira, eu curti, vivi Paris. E terminei com chave de ouro. Estou explodindo", celebrou.

Esta pode ser sido a despedida de Rebeca do solo. Recentemente, ela disse não ter certeza sobre a sua participação na categoria nas próximas edições dos Jogos. A atleta quer dar um descanso aos joelhos, três vezes operados.

Questionada se essa foi sua última apresentação neste aparelho, Rebeca disse que "acha que sim". Mas ressaltou: "O futuro a Deus pertence".

A brasileira foi a segunda a se apresentar na decisão. Ela não cometeu erros e recebeu a nota de 14.166. Até então, as demais ginastas que haviam se apresentado.

E ninguém mais conseguiu ultrapassar a brasileira. Até mesmo Simone Biles. A norte-americana se apresentou bem, mas pisou fora do tablado e teve descontos em sua nota. Ela recebeu 14.133. As duas últimas ginastas da prova ainda tentaram, mas não conseguiram ultrapassar Rebeca, que ganhou o ouro.

Com esta medalha, Rebeca Andrade alcança um recorde histórico para o Brasil em Olimpíadas. Ela, agora, é a maior medalhista do país na história dos Jogos, com seis pódios. Em Paris, ela já havia ganhado prata no individual geral e no salto, além do bronze por equipes. Já em Tóquio, ela foi ouro no salto e prata no individual geral.

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A ginasta, portanto, deixa para trás os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco medalhas. Rebeca já era a mulher brasileira mais condecorada da história das Olimpíadas.

Mais cedo, Rebeca teve oportunidade de levar outra medalha. Ela disputou a final da trave de equilíbrio, mas não foi para o pódio e terminou na quarta posição, uma acima de Simone Biles, que caiu do aparelho durante a apresentação e foi a quinta.

Esta é a 11ª do Brasil nesta edição das Olimpíadas, a quarta proveniente da ginástica artística. O país recebeu bronze por equipes e duas pratas, com Rebeca Andrade, no individual geral e no salto.

A ginástica artística em Paris se encerrou nesta segunda-feira, e o saldo brasileiro foi extremamente positivo. Foram quatro medalhas, duas delas inéditas, e boas expectativas para o futuro, principalmente com Júlia Soares, de apenas 18 anos, finalista da trave de equilíbrio em sua primeira participação nos Jogos.

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