"Vamos voltar a brigar com todas as equipes", afirma Bernardinho após eliminação nas Olimpíadas

Nesta segunda-feira, Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira de vôlei, falou sobre a eliminação para os Estados Unidos nas quartas de final das Olimpíadas de Paris. Os americanos venceram por 3 sets a 1.

"Saio com esse gosto das oportunidades perdidas, e trago para mim a responsabilidade. Hoje, por exemplo, tivemos chances no primeiro set. Fico muito triste porque sei o quanto os jogadores se doaram e se dedicaram. Os veteranos se dedicaram a trazer experiência e confiança ao time. E pelos mais jovens, pela situação de não terem conseguido um pouco mais, mas todos eles têm muito pela frente. Que as lágrimas de hoje sirvam de motivação para o próximo ciclo. E esse ciclo começa amanhã. O equilíbrio no vôlei hoje é real. Pode ter certeza de que vamos voltar a brigar com todas as equipes, mas, para isso, vamos ter que trabalhar muito, ralar muito", disse.

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O comandante também falou o que a nova geração vai ter que mudar para chegar no nível das outras seleções.

"O jogo mudou muito, tecnicamente mudou muito, não é só força, o jogo é eventualmente mais 'sujo'. Nós vamos ter que trabalhar muito o sistema defensivo. O sistema de treinamento mudou, é muito mais jogado o jogo hoje. A cultura do vôlei brasileiro mudou muito. A prioridade é aprender com os outros lá fora. O Brasil já esteve na frente e aprenderam conosco. Hoje é um jogo que vai muito além da potência. Olha o nível do nosso saque na Superliga comparado com o nível de saque aqui fora. Não é crítica. Perdemos o jogo da Polônia com aces no final, eles abriram com aces e continuam arriscando, temos que ter a confiança de fazer isso", falou.

"Eu só tenho a agradecer aos clubes brasileiros pelo trabalho que é feito, mas a Superliga Italiana é superior quando comparada com a nossa Superliga, tanto no feminino quanto no masculino. Nossas principais jogadoras estão jogando fora. Então esse tipo de situação é óbvio que vai acontecer, precisa acontecer para que você seja permanentemente cobrado, o que faz com que você amadureça", completou.

Por último, apesar de não saber o cargo, afirmou que segue com a Seleção Brasileira neste novo ciclo.

"Eu tenho que ver o que minhas filhas vão dizer, mas pode ter certeza que se eu não estiver como protagonista liderando, eu vou estar próximo. Eu não vou me afastar e não vou deixar de maneira nenhuma de contribuir com esse grupo nesse novo ciclo que se inicia", afirmou.

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