Atletas da Seleção Brasileira masculina de basquete comentam sobre derrota para os EUA nas Olimpíadas

Nesta terça-feira, a Seleção Brasileira masculina de basquete enfrentou os EUA em duelo válido pelas quartas de final das Olimpíadas de Paris e foi derrotada por 122 a 87. Após a partida, alguns atletas brasileiros comentaram sobre a sensação de jogar contra o grande favorito do torneio, apelidado de "Dream Team", a emoção de representar o Brasil nos Jogos e os aprendizados que levam para a sequência de suas carreiras.

Cestinha da partida, com 30 pontos marcados, Caboclo comentou sobre a qualidade técnica dos norte-americanos e dedicou seu grande desempenho pessoal ao grupo e à comissão técnica: "Foi uma partida difícil, tivemos que nos acostumar com cada jogador deles e não foi fácil. Todos têm grandes talentos, mas acho que foi uma experiência muito boa para todos os atletas que entraram em quadra. Acho que fizemos um bom trabalho, o máximo que pudemos. Agora, é pegar isso como aprendizado e melhorar como jogador e como pessoa", disse ele.

Claro que estou feliz por ter um desempenho desse contra os EUA, tenho que agradecer a todos os meus companheiros de time, pois sem eles, não teria este desempenho, estou muito feliz por isso. Jogamos contra equipes muito fortes nas Olimpíadas, foi uma experiência muito positiva e estou alegre pelo que fizemos", completou o ala de 28 anos.

Outro destaque da Seleção, Benite apontou o diferencial que permitiu aos adversários terem aberto grande vantagem no placar: "São mais rápidos tecnicamente, na capacidade de gerar jogo no um contra um que outros times não têm. Quando nada acontece, eles conseguem fazer um arremesso só no um contra um e isso cria muita dificuldade para a defesa, você tem que ajudar, aí a bola entra no pivô, no chute aberto", afirmou.

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"Fisicamente, eles são muito fortes. Fazendo trocas, se você joga em um cinco contra a cinco e todo mundo do outro time consegue defender, acabamos fazendo chutes ruins e eles correm. Quando a seleção deles (EUA) corre, eles são imbatíveis. Preparamos o jogo, mas contra um time desses, pode preparar tudo o que você quiser que, às vezes, não dá", adicionou.

O armador Jorginho comentou sobre a diferença de investimento e cultura de formação no basquete entre Brasil e EUA, mas revelou que a derrota trouxe aos atletas brasileiros um aprendizado: "Entramos na quadra de peito aberto para bater de frente com os caras, a responsabilidade era deles (EUA). Eles têm superioridade física, investimento muito maior, desde a base que, com o tempo, faz diferença. No momento do jogo, não podemos tratá-los como celebridades, eles são humanos e nosso adversários.

O resultado do jogo era esperado pela maioria das pessoas, mas não deixamos de acreditar. Jogar contra estas estrelas é bem importante para mostrar que, não importa quem esteja à nossa frente, estaremos dispostos a tudo", concluiu.

Para finalizar, Yago revelou o esforço feito pelos jogadores para que a Seleção chegasse às quartas do torneio e se mostrou orgulhoso pelo resultado alcançado: "Incrível. Pelo trabalho que fizemos, por tudo que aconteceu. Falo por mim, pelo Raúl, Marcelo, todos os jogadores que tiveram uma longa temporada, se sacrificaram e fizeram o possível para que nos classificássemos. Estar aqui entre os oito é uma vitória gigantes, não só para nós como para o basquete brasileiro", destacou.

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