Mesmo sem medalha no individual, Hugo Calderano sobe no ranking do tênis de mesa

Hugo Calderano voltou à terceira posição do ranking mundial de tênis de mesa, a mais alta já ocupada por um atleta de fora da Europa e da Ásia. O brasileiro foi beneficiado pela campanha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao terminar na quarta colocação da disputa individual - ele ainda está em ação na chave por equipes com o Brasil.

Na lista divulgada nesta terça-feira, Calderano chegou a 4.070 pontos, ganhando três posições em relação à semana anterior. Ele está atrás apenas dos chineses Wang Chuqin (7.925) e Fan Zhendong (5.523), campeão olímpico em Paris-2024.

Hugo somou 700 pontos com o quarto lugar alcançado nas disputas individuais das Olimpíadas. O resultado foi o melhor das Américas em todos os tempos, superando a quinta colocação do próprio brasileiro nos Jogos de Tóquio-2020.

Em 2022, Hugo já esteve por 12 semanas entre os três melhores do mundo. O carioca tem um sólido histórico no ranking: está há mais de 300 semanas consecutivas no Top 10, desde novembro de 2018, e em somente quatro delas ficou fora dos oito primeiros.

Neste mesmo período, apenas um outro atleta conseguiu permanecer ao lado de Hugo entre os dez melhores do ranking: Fan Zhendong, que, além de ter levado o ouro em Paris-2024, é o atual bicampeão mundial.

Como funciona o ranking no tênis de mesa

O ranking da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) leva em consideração os oito melhores resultados de cada atleta nas últimas 52 semanas. Assim, os pontos ganhos em cada competição têm a validade de um ano, expirando após este período.

Esta é a explicação para Hugo ter superado no ranking Felix Lebrun, com quem disputou o bronze em Paris-2024. Os dois somaram a mesma pontuação ao chegarem à semifinal olímpica, já que não há distinção entre terceiro e quarto lugares. Para incluir o novo resultado, o francês descartou 267 pontos, enquanto o brasileiro abriu mão de 175. Como a diferença entre eles era de apenas 42, Hugo ficou à frente.

O formato do ranking também reforça a consistência de Hugo ao longo dos quase seis anos em que está ininterruptamente no top 10. Desde 2018, ele subiu ao pódio em 14 etapas do circuito internacional, conquistando sete títulos, dominou os eventos continentais e alcançou os melhores resultados do Brasil em Mundiais e Jogos Olímpicos.

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