Carille nega relaxamento do Santos na Série B e aceita vaias após empate com Amazonas

Em meio a uma sequência negativa, com apenas uma vitória nos últimos seis jogos, o técnico Fábio Carille negou um relaxamento do Santos na Série B do Campeonato Brasileiro. O comandante alegou que todos seguem trabalhando firme para levar o clube de volta à Série A e rechaçou a ideia de estar perdendo o grupo.

"De jeito nenhum (relaxamento). Os jogadores se entregam demais em campo. Se entra em campo relaxado, perde. O pessoal está trabalhando sério e está dedicado. Vamos melhorar na questão de organização e na questão técnica, para que eles tomem melhores decisões e para que a gente siga nosso caminho", disse.

"Estou muito tranquilo com isso, mas quem pode responder sobre isso (perder o elenco) são os próprios jogadores. Não estou vendo nada disso. É um respeito muito grande pelo trabalho", ampliou.

O treinador recebeu criticas e vaias de torcedores neste sábado, depois do empate de 0 a 0 com o Amazonas, na Vila Belmiro, pela 23ª rodada da Segunda Divisão. Carille, porém, levou com naturalidade.

"Não é a primeira vez (vaias). Contra o Avaí aconteceu também. Recentemente tivemos uma invasão no CT do Palmeiras. Se a torcida do Palmeiras está insatisfeita com tudo que ganhou nos últimos anos, imagina a do Santos, que vem sofrendo há muito tempo. É emoção e paixão e nós temos que ser razão. É seguir trabalhando, motivar os jogadores e buscar ser bastante organizado. Normal no futebol", contou.

"Tivemos uma sequência boa, com seis vitórias e quatro empates. Agora fizemos três jogos e fizemos dois pontos. Isso é muito ruim, mas importante é que estamos na parte de cima, é não deixar fugir e preparar para que as vitórias venham o quanto antes", completou.

Falando especificamente sobre a partida diante do Amazonas, Carille afirmou que a equipe evoluiu em relação ao empate de 1 a 1 com o Guarani, na última quarta-feira. Ele ainda valorizou a entrega dos atletas, especialmente após a expulsão de Escobar, aos 12 minutos do segundo tempo.

"Claro que quando os resultados não vêm é momento de ter sabedoria e analisar bem. O time teve um comportamento muito mais aceso e ligado dentro de campo. Primeiro tempo achei um pouco nervosos algumas tomadas de decisões, mas chegamos bem pelos lados, como imaginávamos. No segundo tempo o adversário fechou, a gente jogando dentro do campo deles, até a expulsão. Conseguimos encontrar mais espaços com um a menos e finalizar mais, mas infelizmente não fiz meus gols. O comportamento, principalmente com 10 em campo, foi muito positivo, jogadores se entregando, sabendo que tinham que correr em dobro", analisou.

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"Eu gostei do rendimento hoje, não ganhamos, mas sabíamos que teríamos dificuldade. Buscamos soluções, ficamos no campo deles, adiantamos os laterais para jogar. Eu sempre falo de nós, não de um ou de outro. Eu e os jogadores. Foi cobrado deles após o jogo contra o Guarani, mas será que sou eu que tenho que ficar mais em cima? Talvez. Em Campinas fomos dispersos, por isso eu falei aquilo", ampliou.

Com o resultado, o Alvinegro Praiano perdeu mais uma chance de voltar à liderança. O clube está em segundo, com 39 pontos, um a menos que o Novorizontino, que ainda joga na rodada, contra o Ceará, fora de casa, na segunda-feira.

O Santos volta a campo na próxima sexta-feira, quando recebe a Ponte Preta, pela 24ª rodada da Série B. A bola rola no gramado da Vila Belmiro a partir das 21h30 (de Brasília).

"Estou olhando para nós. Temos um objetivo para alcançar, um para classificação e outro para título. Primeiro estamos olhando para nós. Não adianta olhar para os rivais e não fazer nossa parte. Tenho cobrado isso do elenco", finalizou Carille.

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