Palmeiras: Jogo em Campinas atrai interioranos e agrada mais que Barueri

André reside em Monte Mor, cidade que fica a cerca de 1h40 de São Paulo e 34km de Campinas. A distância de sua casa para o Allianz Parque o impede de frequentar jogos da equipe alviverde, mas Campinas não fica tão longe assim. Em entrevista à Gazeta Esportiva, ele relatou sua experiência com a filha no Brinco de Ouro.

"Bem difícil de eu ir no Allianz, ultimamente. O jogo aqui em Campinas ajudou bastante", disse o palmeirense para a reportagem.

"A experiência foi bem legal. Consegui trazer minha filha pela primeira vez. Inclusive, eu só paguei o meu ingresso. O dela foi de graça. Isso ajudou muito. Não precisamos nos deslocar para São Paulo e deu para se divertir", contou.

Mas não foram só os torcedores do interior que se beneficiaram da partida do Palmeiras em Campinas. Até mesmo a torcida da capital colocou pé na estrada para acompanhar o Verdão em outra cidade.

Um dos exemplos disto é Tomás Bergamini, de 23 anos. O paulista bate carteira no Allianz Parque e tenta viajar para outros lugares a fim de acompanhar o time sempre que possível. Ele, claro, não perdeu a oportunidade de ver o clube no Brinco de Ouro e gostou bastante da experiência.

"A experiência foi bem legal e diferente. Achei nostálgico por conta do gramado suspenso, como era no antigo Parque Antártica. Eu já tinha ido no Moisés Lucarelli também", relatou o torcedor alviverde à Gazeta Esportiva.

Tomás aprovou o mando de campo em Campinas e crê, inclusive, que a cidade é uma alternativa melhor que a Arena Barueri. O estádio se tornou uma espécie de 'segunda casa' do clube desde o ano passado, já que a Crefipar, empresa de Leila Pereira, presidente do Verdão, adquiriu a concessão do palco.

Barueri tem sido a opção do Palmeiras quando o Allianz Parque não está disponível. O estádio, porém, não agrada os torcedores do clube alviverde em razão da distância e também da falta de estrutura.

De acordo com Tomás, é consenso entre ele e seus amigos palmeirenses de que Campinas é uma alternativa superior à Barueri. Ele também torce pela reinauguração do Pacaembu o mais breve possível.

"Campinas é muito melhor, tanto para assistir quanto para acessar. É um consenso. A torcida do Palmeiras não gosta de Barueri em todos os sentidos. Para acesso é horrível. Ver o jogo é ainda pior. Nós também ficamos na torcida para que a reforma do Pacaembu acabe logo e possamos jogar lá", disse o torcedor.

O Palmeiras precisou levar o jogo contra o Cuiabá para Campinas pois seu estádio, o Allianz Parque, recebe neste fim de semana shows da banda Natiruts. Já a Arena Barueri está passando por reformas.

A solução, então, foi mandar a partida para o Brinco de Ouro, algo que não acontecia há cinco anos. A última vez que o Alviverde mandou um jogo no local foi em 2019, contra o Goiás, pela penúltima rodada do Brasileirão daquele ano, quando, por coincidência, também goleou por 5 a 0.

O treinador da equipe atual, Abel Ferreira, aprovou a logística de jogar em Campinas e fez elogios ao Brinco de Ouro, que recebeu 15.656 torcedores neste sábado, para uma renda de R$ 822.382,50. A atmosfera foi bem parecida com o que o time está habituado a vivenciar no Allianz.

"O gramado é top. Nós fomos recebidos com carinho, não só na nossa torcida. Falei isso aos jogadores. Os torcedores reconhecem o esforço dos nossos jogadores. O pessoal, do Guarani, nos recebeu muito bem, foram muito simpáticos. O gramado era top, ajudou muito a dinâmica do nosso time", disse o português.

Com a vitória em Campinas, o clube alviverde lava a alma após as eliminações recentes e assume a terceira colocação do Brasileiro, com 44 pontos, só dois atrás do líder da competição, Botafogo, que tem um jogo a menos.

Fora da Copa do Brasil e da Libertadores, o próximo compromisso do Palmeiras também é pelo Brasileirão. A equipe visita o Athletico-PR no próximo domingo, na Ligga Arena, em Curitiba, pela 25ª rodada da Série A. O jogo ocorre às 16h (de Brasília).