Abel, do Palmeiras, participa de palestra, recebe carinho do público e conta sobre "fórmula do sucesso"

"Eu utilizo uma frase e repito muitas vezes aos meus jogadores: quero só a melhor versão de cada um. Eu não tenho como me compara com o Guardiola ou com o Bernardinho. Tenho que perceber qual é a minha melhor versão e andar em busca dessa versão e fazer com que ela seja o mais consistente possível. Quem lidera grupos, a primeira coisa que temos que conhecer quem temos a nossa frente. Não quem é o atleta, quem é o vendedor, mas quem é a pessoa. Quais são as capacidade, potencialidades que essa pessoa tem para que eu possa ela extrair o máximo. E as vezes acontece muito dos chefes ou treinadores serem os que mandam esgotar. A experiência me diz que quando coloco cercas em volta das pessoas e mandamos 'faz isso, isso e isso'. Muitas vezes castramos o potencial máximo desse funcionário ou jogador porque as vezes tem muito mais dentro deles", disse.

"Eu, treinador, líder vou aprender e aprendo muito. Com quem mais aprendo, para além do estudo e análise que faço, de ouvir o Bernardinho, por exemplo, é ouvindo e sentindo meus jogadores. Às vezes eu acho que o negócio é ir pela direita e meu jogador mostra um caminho pela esquerda que nem eu estava vendo. Essa é uma forma de conseguir tirar o máximo, ver um conhecimento mútuo e dar essa liberdade para que ele possa criar e mostrar dentro de uma organização coletiva todo potencial que ele tem para servir os interesses dele, do clube e do time", seguiu.

"Acho que cada um que tem uma empresa ou gere uma equipe procura a fórmula mágica do sucesso. Acho que não há uma fórmula mágica, mas um processo que nos aproxima mais dos resultados. Falo enquanto treinador. Mas, há sempre uma base e, para mim, a base é o planejamento. Que pessoas eu quero que trabalhem comigo? A base de tudo é a capacidade que tenho para escolher as pessoas que sejam capazes de trabalhar em equipe, tenham compromisso e objetivo comum bem claro e tarefas muito bem definidas entre todos na busca por esse objetivo. O que me move é a paixão por competir e o amor pelo jogo. Isso que me faz estar sempre puxando pelos que lideram. Sou tanto melhor, quanto melhores forem o que me rodeiam. A capacidade de escolha do líder é fundamental para os pilares, a base de tudo, que é a escolha dos recursos humanos que querem que trabalhe contigo", declarou.

O técnico Abel Ferreira comanda o Palmeiras em mais um compromisso pelo Campeonato Brasileiro neste domingo. O Verdão visita o Athletico-PR, às 18h30 (de Brasília), na Ligga Arena, em Curitiba, em duelo da 25ª rodada. Buscando mais um título, o Alviverde tem 44 pontos e ocupa a terceira posição na tabela.