Italo Ferreira comenta longo caminho até título do WSL Finals: "Se deixar chegar vão ter que aguentar"

Italo Ferreira disputará, a partir desta sexta-feira, o WSL Finals, em Trestles, na Califórnia. Em 2022, ele bateu na trave e ficou com o segundo lugar do torneio, perdendo a final para outro brasileiro: Filipe Toledo. Apesar do resultado, Italo costuma crescer em finais e possui um bom retrospecto.

"Durante a competição a gente vai ganhando mais confiança, e isso vai te alimentando. É o que acontece comigo, se vou avançando, vou me soltando e isso me dá confiança para vencer o campeonato. Todas competições, em qualquer lugar do mundo, consigo disputar de igual para igual com todo mundo. Isso é muito positivo, entro em um seleto grupo de atletas que podem vencer em qualquer lugar e qualquer condição de onda", disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

"Mas é o que meu pai fala, se deixar chegar vão ter que me aguentar, porque vou com tudo. É como se colocasse todas as fichas no jogo. E é o que vai acontecer agora, estou em quinto, então preciso bater de um em um até ser campeão do mundo. Vivi isso há dois anos, quando tive que sair da primeira bateria e ir até a última bateria. Acabei perdendo, mas fiquei feliz com tudo que aconteceu e serviu de experiência, que vai ser colocada neste ano e tenho energia suficiente para fazer isso", completou.

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No WSL Finals, os cinco melhores surfistas do ranking masculino se enfrentam em uma competição que decidirá o grande campeão mundial. Como Italo ocupa justamente a quinta colocação, ela terá um longo caminho e precisará vencer todos os adversários caso queira sair com o título.

Dos cinco surfistas, Italo Ferreira é o único "goofy" (que surfa com o pé direito na frente). Ele contou que isso pode ser um fator decisivo para sair vencedor e ainda revelou que tem a expectativa de que as ondas estejam a seu favor.

"Realmente sou o único goofy do Finals, então sobra mais onda para mim. Provavelmente todos olham para a direita e acaba sobrando as esquerdas. Eu tenho a opção de ir para os dois lados a todo momento, que é o jogo que eu fiz dois anos atrás, em que eu consegui sufocar o adversário o tempo inteiro, tanto para esquerda quanto para a direita, eu não ficava preso a um tipo de onda ou repertório", falou.

"Venho com um arsenal muito bom, as ondas vão estar medianas, que é como surfei a minha vida inteira e me preparei na piscina de onda em São Paulo, onde coloquei toda minha energia e dedicação para poder melhorar a performace tanto nas manobras como nos aéreos, que estou muito bem. Estou confiante para essa final, estar representando o Brasil é sempre um orgulho, e não será diferente nessa final", acrescentou.

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Italo Ferreira ainda revelou quem são seus principais adversários no torneio, que podem acabar dando mais trabalho.

"Acho que os caras que podem ser diferentes durante o dia são o Griffin (Colapinto) e o John John (Florence) para a direita. O Griffin pode fazer as duas coisas para os dois lados, tanto esquerda quanto para a direita. Então são os dois caras que vejo que têm um arsenal um pouco parecido com o meu", contou.

Na categoria feminina, Tati Weston-Webb será a único representante do Brasil. Assim como Italo, ela ficou em quinto lugar no ranking e precisará superar todas suas oponentes.

Confira o caminho de Italo até a final

Bateria 1: Ethan Ewing (Austrália) x Italo Ferreira (Brasil)

Bateria 2: Jack Robinson (Austrália) x (vencedor da bateria 1)

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Bateria 3: Griffin Colapinto (Estados Unidos) x (vencedor da bateria 2)

Disputa pelo título (melhor de três): John John Florence (Havaí) x (vencedor da bateria 3)

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