Análise: Brasil pouco sofre contra o Equador, mas atuação burocrática chama atenção
Por Iúri Medeiros
A Seleção Brasileira fez uma partida segura e venceu o Equador pelo placar mínimo na noite da última sexta-feira. Isso não quer dizer que o time comandado por Dorival Jr. convenceu no gramado do Couto Pereira, muito pelo contrário.
Começando pelos pontos positivos, a Seleção não fez um primeiro tempo ruim. A equipe controlou as ações, igualou o jogo físico do Equador e praticamente não sofreu, com exceção de finalizações perigosas de Moisés Caicedo no último lance da primeira etapa. Faltou inspiração ofensiva, é verdade, mas Rodrygo se destacou como falso 9 e foi coroado com o gol marcado em chute de fora da área.
O volante André aproveitou muito a oportunidade como titular. Bem nos combates e seguro nos passes, foi o principal jogador da Seleção no meio-campo.
Não dá para dizer que no segundo tempo o Brasil foi sufocado e flertou com o empate, mas é evidente que o desempenho foi decepcionante. A Seleção não encontrou respostas ofensivas, nem mesmo com a entrada de nomes como Gerson, Lucas Moura e Estêvão.
O adversário não era fácil, é verdade, mas pelo material humano que o Brasil disponibiliza se esperava mais. Especialmente depois de uma eliminação tão frustrante como a da Copa América, em que a Seleção apresentou um futebol muito pobre.
A vitória é importante em termos de classificação, ainda mais pela interrupção de uma sequência de quatro jogos sem vitória nas Eliminatórias. A cobrança, agora, é por um desempenho compatível com a qualidade do elenco da Seleção.
O próximo desafio é contra o Paraguai, fora de casa, na terça-feira.
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