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Rival em eleição no Palmeiras cobra transparência da gestão de Leila e vê oposição "ganhando corpo"

18/09/2024 08h00

O Palmeiras terá eleições presidenciais em novembro. Diferentemente do que aconteceu em 2021, haverá oposição para disputar o pleito com a atual mandatária Leila Pereira. O nome escolhido pelo grupo de oposição foi o de Savério Orlandi, que faz parte do Movimento Palmeiras Avante. Em entrevista à Gazeta Esportiva, o candidato disse que se vê preparado e acredita que o grupo tem se fortalecido às vésperas do pleito.

"Sempre me senti muito preparado para isso. Em outras épocas, até já tinha conjugado essa hipótese de sair na outra eleição, por exemplo, mas ainda não tinha esse apoio, não havia essa aglutinação que houve agora. Aconteceu meio naturalmente, foi uma honra, super privilégio nesse momento que nós estamos hoje. A gente já vem internamente no clube com a participação direto lá. Todos nós não só em dias de jogos, mas participando da vida social do clube. Então, tem ganhado muita força. O que a gente precisa agora é de aglutinação", disse.

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Na noite de terça-feira, conselheiros e membros da chapa Palmeiras Avante, que concorrerá às eleições presidenciais do Palmeiras, se reuniram em um restaurante em São Paulo em evento organizado por Luiz Osvaldo Pastore, que é um dos vices de Savério Orlandi, candidato à presidente do clube, em chapa de oposição à Leila Pereira.

O evento em questão foi tratado como uma comemoração aos 110 anos do clube e à Arrancada Heroica, que completa 82 anos no próximo dia 20 de setembro de 2024. O discurso da oposição é o de que a comemoração feita pela gestão da presidente Leila Pereira não contemplou toda história do clube.

"Tivemos aqui, várias gerações. Nós tivemos aqui ex-presidente, mais de meia dúzia de ex-vice-presidentes de diversas épocas: Gilberto Cipullo, Walter Munhoz. Acho que isso vai reforçando e vai trazendo para todos essa sensação de fortalecimentos. Nós estamos ganhando o corpo, isso é inegável. Quem decide a eleição no final do dia é o sócio do clube. Então, depende um pouco. Tem a questão do futebol e tal, mas não é o torcedor. Mas, não são essas métricas que a gente tem que ter. Tem uma eleição pelo Conselho, que é o tal do filtro, que a gente espera também fazer uma representatividade bacana. O filtro por si, só 45 nomes, 48 nomes já levam a pessoa para a assembleia de sócios, mas a gente espera ter um número mais consistente que esse. E aí depois tem a eleição pelos sócio que é uma realidade que é uma conversa direta. Os sócios, claro que muitos deles estão relacionados ao futebol, ao desempenho esportivo de futebol e tal, mas você tem uma grande parte de votantes ali que nem palmeirense é. Então é uma outra realidade", seguiu.

"De fato, não foi um evento de lançamento oficial, é mais uma festa mesmo, uma confraternização, uma iniciativa que o Pastore, que é um dos vices que está conosco na chapa, teve de reunir as pessoas. O objetivo era inicialmente confraternizar. Mas é claro, sendo coincidente com a época de eleição, tem essa questão também. Não é um lançamento propriamente dito, mas é um evento que já faz parte desse calendário", declarou.

O Movimento Palmeiras Avante une grupos políticos, como Ocupa Palestra, Grupo Arquibancada e Academia. O grupo diz que tem como base um projeto que promova "profissionalismo, respeito ao Palmeiras e sua torcida e o fortalecimento das regras de governança e transparência".

"Transparência, hoje, isso é um pouco do mundo moderno, do mundo corporativo atual. E o Palmeiras hoje, fala muito disso, em tudo e para tudo, da tal da confidencialidade, e se esconde um pouco em cima desse escudo, como se fosse um salvo conduto para todo esse conceito de confidencialidade. Hoje na prática do Palmeiras, ele significa o que? Faço o que eu quiser e não presto contas como eu devo para ninguém, o que não é o conceito exato. A confidencialidade guarda coisas importantes no relacionamento comercial que não devem ser divulgadas ao mercado, mas que minimamente tem que se explicar como funcionam", falou.

"Quando a gente fala de transparência, hoje é sobretudo a questão das narrativas, do diversionismo que tem em cima das coisas. 'Ah, eu coloquei R$ 2 bilhões no Palmeiras nesses anos todos'. Não colocou R$ 2 bilhões no Palmeiras, tem um relacionamento comercial, tem um contrato, um jogo de ganha-ganha. Sua empresa foi catapultada. O Palmeiras deu a parte dele que era te proporcionar a visibilidade e você tem isso. Nada hoje é muito bem explicado", prosseguiu.

Conselheiro do clube há cerca de 23 anos, Savério Orlandi (53) foi lançado como candidato à presidência pelo Movimento Palmeiras Avante. Os candidatos aos cargos de vice-presidente são Felipe Giocondo Cristovão, Luciana Santilli, Luiz Osvaldo Pastore e Roberto Silva.

As chapas ainda não foram inscritas de forma oficial, o que deve acontecer na última semana de setembro. Com isso, será definida a ordem dos vice-presidentes. Depois, as candidaturas devem ser aprovadas pelo Conselho, em um filtro que acontece no dia 14 de outubro. Por fim, o pleito está marcado para acontecer na segunda quinzena de novembro, com data a ser definida.

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