Marquinhos Xavier deixa futuro em aberto à frente da Seleção de futsal após título Mundial
06/10/2024 18h47
Neste domingo, a Seleção Brasileira de futsal se tornou hexacampeã mundial ao derrotar por 2 a 1 a Argentina, na Arena Humo, no Uzbequistão. Entretanto, durante a comemoração, o técnico Marquinhos Xavier deixou seu futuro em aberto à frente da Amarelinha: "Já sou campeão do mundo, e isso me satisfaz".
"São sete anos no comando da seleção. Não entrei aqui para ficar 20 anos, nem tenho essa intenção. Queria muito entregar esse trabalho para ter a tranquilidade de sentar com a minha família, com os meus filhos e decidir para onde vou. Não comuniquei isso oficialmente à CBF", disse.
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"Estou disposto a auxiliar em uma transição, se essa for a decisão conjunta. Temos muitos treinadores competentes no nosso país, e eu queria que outras pessoas vivessem isso também. Se houver alguém que queira sentar aqui, me prontifico a ajudar", afirmou.
O treinador chegou à Seleção em 2017, quando substituiu PC Oliveira no cargo. Até o momento, sua passagem de sete anos conta com duas participações em Copas do Mundo (terceiro lugar em 2021 e o título em 2024).
"Não quero fazer o que fizeram comigo. Quando eu cheguei, as gavetas estavam limpas. Ninguém me ajudou com nenhuma informação. Tive que aprender a ser treinador de seleção brasileira sendo treinador de seleção brasileira. Não recebi uma ligação, apoio", complementou.
"Senti solidão durante muito tempo. Se for direcionado para isso, fico mais uns meses, mais um ano ou preparo o ciclo. Não é uma decisão minha somente. É uma decisão em conjunto com a CBF. Tenho o que eu quero. Não tenho pretensão de ser bi ou tri. Já sou campeão do mundo, e isso me satisfaz", finalizou.
O Brasil voltou a conquistar o Mundial de futsal depois de 12 anos e isolou ainda mais como o maior vencedor do torneio (1989, 1992, 1996, 2008, 2012 e 2024). Por outro lado, os argentinos, que disputaram sua terceira final consecutiva, ficaram com o vice campeonato pela segunda vez (campeões apenas em 2016).
A equipe comandada por Marquinhos Xavier encerrou sua passagem pelo torneio de forma invicta, com ataque muito efetivo e defesa pouco vazada. Com sete vitórias em sete jogos disputados (Cuba, Croácia, Tailândia, Costa Rica, Marrocos, Ucrânia e Argentina), marcou 40 gols e sofreu apenas seis.