Fifa anuncia que irá alterar regras de transferências após derrota em caso Diarra
Nesta segunda-feira, a Fifa anunciou que irá passar por mudanças em seu regulamento de transferências para poder cumprir com as leis europeias do mercado. Isso ocorre após a entidade ter perdido no caso Lassana Diarra, julgado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (RETJ), o qual considerou que as regras de mercado violam as leis da UE.
"A FIFA espera continuar a desenvolver a sua estrutura regulatória, para a qual se tomarão em consideração as opiniões e contribuições de todas as partes interessadas e afetadas", afirmou Emilio García Silvero, diretor jurídico da entidade.
"A FIFA considera que a decisão sobre o caso Diarra é uma oportunidade para continuar modernizando os regulamentos, um dos objetivos assumidos pelo presidente da FIFA desde 2016. A Fifa iniciará um diálogo mundial com as principais partes interessadas e trabalhará com elas para determinar as conclusões que devem se extrair sobre a decisão do caso Diarra e as mudanças mais apropriadas", disse.
FIFA will open a global dialogue on the transfer system, involving key stakeholders, to adapt article 17 of the Regulations on the Status and Transfer of Players (RSTP).
This announcement follows on from the decision of the Court of Justice of the European Union on the Diarra... pic.twitter.com/T75UOIaYda
? FIFA (@FIFAcom) October 14, 2024
Em 2014, Diarra rescindiu seu contrato com o Lokomotiv Moscou, da Rússia, e o clube exigia 20 milhões de euros como indenização. O Tribunal Arbitral do Esporte reduziu o valor pela metade e o condenou a pagar 10,5 milhões de euros.
Apesar disso, a decisão do tribunal fez com que Diarra ficasse seis meses sem jogar. No atual regulamento da Fifa, a indenização deve ser paga pelo novo clube do atleta. Isso fez com que Charleroi, da Bélgica, não avançasse na contratação do francês. Apenas em 2015, quando o Olympique de Marselha aceitou pagar o valor, que Lassana assinou por um novo time.
Assim, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão a Diarra, por considerar que as regras são contrárias ao direito da União Europeia, pois impede a livre circulação de jogadores profissionais.
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