Manoel dos Santos, medalhista em Roma, ganha homenagem da Câmara Municipal de São Paulo

O nadador Manoel dos Santos, medalha de bronze (100m livres) na Olimpíada de 1960, em Roma, ficou ainda mais cidadão paulistano. Na manhã desta segunda-feira, em solenidade presidida pela pinheirense e vereadora Cris Monteiro, Maneco, como era chamado pelos amigos, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo.

A solenidade, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, contou com as presenças dos presidentes Carlinhos Brazolin (diretoria), Guilherme Domingues de Castro Reis (conselho) e do ex-presidente Cezar Roberto Leão Granieri (Betinho), além dos filhos Marcelo e Maurício.

"A natação literalmente me salvou. Como fui criado por tias, não podia fazer nada na rua. Era toda hora: 'Maneco vai pegar gripe, não toma sol, fica aqui dentro de casa'. E ai pegava tudo que era doença. Quando comecei na natação em Guararapes, era porque tinha bronquite, logo me transferi para Rio Claro porque sempre tive vontade de competir. E lá começou minha vida esportiva. Depois, em 1958, me transferi para São Paulo e até hoje estou aqui. Agora me sinto ainda mais um cidadão paulistano", afirmou o orgulhoso Maneco.

Maneco é simplicidade pura. Ao tomar um café pelas lanchonetes do Clube, conversar com amigos quando faz caminhada na piscina externa ou atender um jornalista para uma declaração. E não foi diferente na sua homenagem na Câmara Municipal. Lembrou com detalhes no dia em que bateu o recorde mundial dos 100m Clube de Regatas Guanabara, no Rio. "Cheguei para a prova e tinha pouca gente. Quando voltei trocado de roupa, tinha mais de três mil pessoas me esperando para ver eu bater o recorde. Fui lá e fiz o melhor tempo 53s06", declarou. Depois, o americano Stephen Clark quebrou o recorde do brasileiro ao fazer 53s03.

O presidente do Pinheiros, Carlinhos Brazolin, que no sábado passado teve um encontro com Maneco e Alison dos Santos, o Piu, aqui no Clube, também enalteceu a atitude da Câmara em homenagear Manoel dos Santos. "Manoel já é um cidadão paulistano há muito tempo. Aqui escolheu para ser sua casa, abrir seus negócios e criar os filhos"           (estavam presentes Maurício e Marcelo).

Nesse ano olímpico em que o Pinheiros conquistou oito medalhas (quatro por equipe no judô), faltava a cereja no bolo. E essa cereja foi para o nosso primeiro medalhista. Manoel dos Santos foi inspiração para César Cielo, Gustavo Borges, Xuxa e tantos outros nadadores. "É o nosso maior ídolo", disse Brazolin. Depois completou: "Essa homenagem linda ao nosso Maneco, completa com chave de ouro nosso ano olímpico".

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Luiz Eduardo Cardia, também pinheirense, do Sindiclube, foi um dos integrantes da comissão que escolheu o nome de Manoel dos Santos para a homenagem. "Quando surgiu a ideia de homenagear um atleta olímpico, logo veio na minha mente o nome do Manoel dos Santos. Foi aprovado por todos essa homenagem a ele que além de ter sido um grande atleta foi um grande empresário e pai", concluiu.

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