Hotéis lotados e invasão argentina: os impactos financeiros da F1 em São Paulo

O Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 acontecerá entre os dias 1 e 3 de novembro, no Autódromo de Interlagos, e promete impactar a cidade em diferentes frentes, sobretudo no setor hoteleiro, de gastronomia e entretenimento.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, 85% da capacidade hoteleira disponível no raio do Autódromo de Interlagos até o centro expandido não está mais disponível. Metade dessa ocupação costuma consumir a gastronomia da cidade e um quarto (25%) também aproveita para curtir a noite paulistana, indo a bares, baladas, entre outros locais de entretenimento.

De acordo com a organização do GP de São Paulo de Fórmula 1, 65% do público que comparecerá ao Autódromo de Interlagos não reside na cidade. Ou seja, o evento traz um impacto muito forte para o setor hoteleiro, gastronomia, entretenimento e turismo em geral.

"São 180 países assistindo ao GP de São Paulo de Fórmula 1. De forma positiva podemos ter esse equipamento, e o povo do Brasil adora o automobilismo. Propiciar que terão aqui tantas e tantas pessoas assistindo, cada vez mais com melhor qualidade esse evento mundial, é importante", disse o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Para esse ano, especificamente, a expectativa é a de que haja uma invasão argentina em Interlagos. Cerca de dois mil fãs do país vizinho são aguardados no autódromo pela presença do piloto Franco Colapinto, da Williams.

Colapinto foi promovido a piloto titular da Williams após a destituição de Logan Sargeant. O argentino nasceu em Pilar, cidade da província de Buenos Aires, e vinha se dividindo entre a Fórmula 2 e seus compromissos como piloto de testes da equipe britânica na Fórmula 1 até ser efetivado no cockpit, no fim de agosto.

Tentando aproveitar essa onda dos fãs argentinos da Fórmula 1, São Paulo buscará arrecadar ainda mais que no ano passado. A organização estima que cada entusiasta de F1 gasta em média R$ 4.689,43 no fim de semana do Grande Prêmio de São Paulo. Em 2023, a cidade registrou um impacto econômico de R$ 1,64 bilhão com a principal categoria do automobilismo mundial e espera aumentar esse valor em 2024.

"A movimentação financeira do ano passado, ano passado houve R$ 1,6 bilhão de movimentação, 16,9 mil empregos gerados, público de 277 mil pessoas. Como o Alan [Adler, CEO do Grande Prêmio de São Paulo de F1] falou, 65% do público não reside na cidade. Muito grande o número de pessoas que vêm de fora. Desse público, metade aproveita a gastronomia, um quarto vai para as noites da cidade, portanto, gerando renda, emprego e fortalecendo a economia. Apostamos em investir pesado para que pudéssemos ter aqui grandes eventos, eventos de qualidade, e que pudéssemos crescer mais, trazer mais público, vender positivamente nossa cidade para o mundo", pontuou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.