Carille mantém futuro aberto no Santos e rebate críticas: "Vocês não sabem o que é pressão"

Mesmo com o acesso e título da Série B garantidos, o Santos ainda não definiu se Fábio Carille seguirá ou não no comando técnico para 2025. Neste domingo, após a derrota de 2 a 0 para o CRB, na Vila Viva Sorte, o comandante desconversou sobre o tema.

"Segue indefinido", respondeu rapidamente.

Carille foi alvo de críticas da torcida nesta tarde. Fãs vaiaram e chamaram o treinador de burro. Ao ser questionado sobre essa pressão, o treinador citou o exemplo do Corinthians de 2011, que segurou o Tite mesmo após uma queda precoce na Pré-Libertadores.

"Tudo pode acontecer no futebol, já vi cada reviravolta. Em 2011, a pressão do Corinthians após a derrota para o Tolima e a continuidade do Tite. Vocês não sabem o que é pressão, vocês não sabem. Tudo pode acontecer. Que aconteça o melhor para o Santos em 2025, não melhor para mim ou para o presidente", comentou.

"Tenho duas passagens pelo Santos. Eu e minha comissão conseguimos nos tirar do rebaixamento em 2021. Agora, subimos o time. Poderia ser melhor? Sim. Internamente, foi tudo muito legal. Agradeço ao presidente por ter me segurado. A questão é se juntos vamos conseguir fazer o melhor para o Santos, não para mim. Estou há 31 anos no futebol, já vi de tudo. Já vi ambiente fora legal e o interno ruim, como já vi isso aqui. Fora, não está legal, mas o interno funciona muito bem", ampliou.

Carille, aliás, revelou que pensou que seria demitido após um empate de 2 a 2 com a Ponte Preta, na Vila Belmiro, mas foi respaldado pelo presidente Marcelo Teixeira.

O mandatário, inclusive, comentou sobre a situação. Ele destacou a importância de se ter um trabalho a longo prazo.

"Tudo é possível ter uma solução, basta você programar, planejar e manter uma forma de que o trabalho continue crescendo. É natural que temos essa preocupação, todos nós temos. Nós resistimos, tivemos resiliência na permanência do trabalho. No jogo contra a Ponte Preta fiz questão de ligar nele para falar sobre a permanência. O objetivo era o acesso, depois o título. Conquistamos ambos. Não poderíamos romper o trabalho, poderia gerar algo no grupo e um problema financeiro. Já tivemos temporadas com quatro treinadores e não fomos felizes. Já tivemos técnicos ofensivos, defensivos e todos foram questionados", disse.

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"A torcida é paixão, nós precisamos ter razão. Precisamos pensar na nossa aceitação com o público, estou preparado para isso. Não vou fazer qualquer desvio daquilo com o que me comprometi que é transparência e compromisso com o quadro associativo", ampliou.

Teixeira reconheceu que o futebol apresentado não foi como ele gostaria, mas destacou que, nesta temporada, o mais importante era retornar à Série A.

"A minha gestão não será medida com o que for apresentado em campo. Eu gostaria de um futebol melhor, mas não é o nosso momento. Temos camisa, história e tradição, mas estamos no pior momento da nossa história. Isso é justificativa para jogar um mau futebol? Não, não é. Mas é a nossa realidade", pontuou.

Por fim, o presidente voltou a falar sobre a polêmica declaração de Carille sobre o Santos estar com o planejamento para 2025 atrasado.

"Seria cômodo vir aqui dizendo que estava planejando a Série A e fazendo vários pré-contratos. Não seria irresponsável. Agora, está definida qual é a situação do Santos para 2025. Não estamos atrasados, estamos agindo com cautela, prudência e, acima de tudo, ousadia. Estamos na Série B e planejando algo muito melhor para 2025. O caminho está sendo pavimentado de uma forma para vencermos", disse.

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"O pior seria se eu estivesse aqui dizendo que não subimos porque tivemos transferban, problemas com o elenco. Não é o caso, não houve omissão. Agimos, erramos, acertamos e vamos corrigindo. O mais importante é fazer cada passo de acordo com a nossa realidade", finalizou.

Campeão da Série B e com acesso garantido para a elite, o Santos encerra a temporada no próximo domingo, quando visita o Sport, pela 38ª rodada. A bola rola no gramado da Ilha do Retiro a partir das 18h30 (de Brasília).

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