Análise: São Paulo demora a acordar, mas tem lampejos de time de 1ª prateleira contra o Galo

O São Paulo empatou em 2 a 2 com o Atlético-MG neste sábado, no Morumbis, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor saiu atrás no placar, sofrendo dois gols antes dos 20 minutos de partida, mas conseguiu reagir na segunda metade da etapa inicial e, inclusive, quase virou o jogo antes do intervalo.

Não é a primeira vez que o São Paulo sofre um duro golpe para posteriormente performar em campo. O problema é que desta vez o adversário que estava do outro lado do campo era o finalista da Copa Libertadores, com algumas estrelas no elenco e muitos atletas de qualidade.

Dominar um rival do quilate do Atlético-MG já seria difícil em condições de igualdade no placar. Com os visitantes em vantagem, ainda mais por dois gols de diferença, o São Paulo tinha uma missão complicadíssima para evitar um novo tropeço dentro de casa, mas foi valente para sufocar um dos melhores times da América do Sul na atualidade.

O ponto de virada no jogo foi o primeiro gol do São Paulo. O time não vinha merecendo diminuir a vantagem construída pelo Atlético-MG, mas contou com a sorte, vendo Fausto Vera jogar contra a própria meta e estufar as redes. A partir de então, Lucas, Luciano e companhia foram para cima dos visitantes e não descansaram até empatar o jogo.

Mais uma vez a qualidade de Lucas prevaleceu. Foi dos pés do ídolo tricolor que se originou o segundo gol são-paulino. O camisa 7 deu um lindo passe para André Silva, que saiu na cara do gol e precisou apenas completar de primeira para o fundo das redes.

Antes do intervalo, o São Paulo seguiu pressionando o Galo em busca da virada e esteve muito próximo de conseguir o feito, mas Luiz Gustavo carimbou o travessão. De qualquer forma, o Tricolor teve cerca de 25 minutos de bom futebol, sendo bem superior ao adversário. Lampejos que indicam a real capacidade da equipe comandada por Zubeldía e onde ela pode chegar futuramente.

Na atual temporada, o São Paulo foi eliminado nos pênaltis pelo Botafogo, nas quartas de final da Libertadores. Na Copa do Brasil, o time caiu para o Atlético-MG, também nas quartas de final, sofrendo um único gol, no último lance do jogo de ida, no Morumbis. Protagonizar confrontos parelhos com os dois melhores times da América do Sul provam que o Tricolor não possui um elenco ruim, tampouco seu treinador faz um trabalho negativo. Falta consistência, padrão. Esse é o desafio de Zubeldía para 2025.

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