Vini Jr. vibra com título e 'The Best', mas diz: "Minha luta é muito maior que prêmios"
18/12/2024 16h50
Vinícius Júnior saiu de campo com um sorriso de orelha a orelha após a vitória do Real Madrid por 3 a 0 sobre o Pachuca, do México, na final da Copa Intercontinental, no estádio Al Lusail, em Doha, no Catar. Em dois dias, o atacante brasileiro foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, conquistou o torneio que vale como um Mundial e ainda acabou premiado como melhor jogador da competição.
"Os últimos dois dias têm sido incríveis para mim. Receber o prêmio de melhor jogador do mundo e poder chegar aqui, ganhar e ser coroado como o melhor da partida e da competição depois de tudo o que fiz... todo mundo sabe que vim de baixo, de São Gonçalo, onde a pobreza e o crime andam lado a lado. Tive a oportunidade de representar todas as crianças que lutam para um dia chegar aqui, porque eu posso mostrar que é possível. Minha família, meus companheiros de clube, que estão comigo no dia a dia, lado a lado, esses, sim, sabem quem é o Vini Jr", disse o camisa 7 em entrevista ao Sportv.
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Apesar do sentimento de realização, o craque brasileiro admitiu que sua militância nas causas antirrascistas podem incomodar alguns e distanciá-lo de alguns prêmios. Neste ano, por exemplo, ele não conquistou a Bola de Ouro, mesmo sendo franco favorito para levar a premiação, dada ao volante espanhol Rodri, do Manchester City.
"Tudo que ouvi dos meus pais, meus companheiros e do mister Ancelotti e todos os treinadores que passaram pela minha carreira... foi um bom trabalho escutar todos eles e ser resiliente. Não foi fácil chegar aqui, não é fácil a luta que eu levo, porque às vezes pode custar prêmios, mas minha luta é muito maior que prêmios, que é sempre ajudar os mais jovens e aqueles que não têm voz", prosseguiu.
Com Vinícius Júnior e outros jogadores brasileiros em alta, fica o questionamento em relação ao desempenho recente da Seleção comandada por Dorival Júnior, bem aquém das expectativas. O camisa 7 do Real Madrid, porém, mantém o otimismo sobre o futuro do time canarinho.
"O Brasil sempre tem que estar no topo e estamos trabalhando e fazendo de tudo para em 2026, se Deus quiser, trazer a Copa de novo. Claro que é um trabalho longo, difícil, mas temos grandes jogadores, jogando nas melhores ligas, fazendo grandes coisas", concluiu.