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Flamengo prioriza Rio, espera tabela e vê Mané Garrincha com bons olhos

23/02/2016 07h00

A cobrança do técnico Muricy Ramalho ao presidente Eduardo Bandeira de Mello por uma definição sobre a casa do Flamengo na temporada surtiu efeito. Não à toa, o tema foi mais comentado do que a vitória no clássico sobre o Fluminense, em Brasília, momentos antes da coletiva do treinador. Ontem, a diretoria se manifestou sobre o tema. Com a dificuldade de encontrar um estádio que alie logística e rentabilidade no Rio, o Mané Garrincha ganha força.

Tudo isso, entretanto, só será confirmado depois que sair a tabela do Campeonato Brasileiro, no início de março. Com ela, a diretoria vai traçar a logística ideal e resolver de uma vez por todas o caso.

- Na verdade, o que temos é o problema de não ter um estádio de grande porte no Rio. Estamos correndo atrás para definir a melhor opção e isso inclui o lado esportivo, dependente de uma logística que desgaste menos a equipe para que tenhamos o melhor desempenho. Tudo isso aliado aos interesses financeiros e comerciais. Nossa ideia é que até meados de março esteja definido - comentou o diretor geral rubro-negro, Fred Luz, ao L!.

Há quem diga que a logística para Brasília - uma hora e meia de voo - é quase a mesma de jogar em Volta Redonda - duas horas de ônibus. Pesa a favor da capital o aspecto financeiro. O Raulino abriga 20 mil pessoas. O Mané Garrincha tem capacidade de 70 mil. Bandeira vê Brasília com bons olhos.

- Acho que é uma possibilidade concreta de jogarmos muitas vezes lá. Teremos este problema de deslocamento causados pela indisponibilidade do Maracanã. Temos que encontrar solução que concilie as partes técnica e financeira. O Mané Garrincha é uma solução bem possível, mas vamos aguardar a tabela do Brasileirão - disse.

LUSO-BRASILEIRO NÃO ESTÁ DESCARTADO, MAS É DIFÍCIL

O Flamengo ainda não descartou a utilização do Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, em 2016. Na teoria, o projeto é o ideal para a logística, já que não seria necessário viajar para disputar partidas. Todavia, na prática, existe dificuldade grande para angariar fundos que ajudem na reforma. Algumas conversas com o governo do Estado aconteceram, mas nada ficou definido.

- Ainda existe essa possibilidade. Estamos trabalhando em conjunto com o governo do Estado, mas é um assunto complexo e, por isso, temos que buscar viabilidade e opções - disse o diretor geral Fred Luz.

O tema surgiu ainda no ano passado, quando foi levantada a possibilidade de ampliar a capacidade do estádio para 20 ou 30 mil pessoas em um acordo que também envolveria Botafogo e Fluminense. Até hoje, entretanto, nada ficou definido.

Enquanto isso, o Rubro-Negro deve seguir mandando alguns jogos do Carioca no Raulino de Oliveira e estudando a possibilidade de levar clássicos para fora do Rio de Janeiro, como fez com o Fluminense.