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Jornal britânico denuncia doping sistemático na natação da Rússia

23/03/2016 16h10

A Federação Internacional de Natação (Fina) decidiu fechar o cerco contra a modalidade na Rússia, após os recentes escândalos do atletismo no país, acusado de dopar sistematicamente seus atletas. Segundo o jornal britânico "The Times", o mesmo pode ter acontecido na natação e, assim, a entidade decidiu fechar o cerco contra o país.

O diário afirma que a situação de doping no atletismo russo era semelhante ao que acontecia na natação. O esquema seria comandado por Sergei Portugalov, que teria forçado atletas a se doparem, inclusive deixando píluas e remédios do lado da piscina durante uma competição em Moscou (RUS).

Entre outras alegações do jornal, dois nadadores russos, não identificados, não foram punidos após testarem positivo para a substância EPO, um esteróide banido pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

- A Fina não tem conhecimento de nenhuma evidência concreta de doping sistemático na natação da Rússia, mas tomamos uma abordagem robusta aos procedimentos antidoping em relação ao país e as competições no local, em vista das recentes investigações da Wada - disse a entidade.

- Os testes fora de competição da Fina programados para serem realizados na Rússia, agora, são conduzidos por uma terceira parte, independente à Fina e à Rusada (Agência Antidoping da Rússia), pela companhia sueca IDTM - completou a organização.

Durante o Mundial de Desportos Aquáticos, realizado no ano passado, em Kazan (RUS), a "grande maioria" dos exames antidoping, segundo a Fina, foram realizados fora do país, sendo todos eles em laboratórios credenciados pela Wada.

Nos últimos dez anos, a Rússia teve 40 testes antidoping positivos em seus nadadores, o que é um número maior do que qualquer outra nação no mundo. Na última semana, inclusive, a tetracampeã mundial Yuliya Efimova foi suspensa pelo uso da substância Meldonium. Reincidente, ela pode ser banida do esporte.