Santa Cruz vence nos acréscimos está perto do título da Copa do NE
O primeiro jogo da final da Copa do Nordeste, entre Santa Cruz e Campinense, no Estádio do Arruda, em Recife, na noite desta quarta-feira, foi excelente e emocionante até o fim. Dominado no primeiro tempo, o Santinha saiu na frente com um gol de Grafite aos 28 escorando um escanteio. Dominado no segundo
tempo, o Campinense empatou aos 27, com um gol de Tiago Sala escorando um escanteio. Quando o empate parecia definido, no último ataque, todo ele construído pelos reservas que entraram na etapa final, Bruno Moraes fez o gol da vitória. O 2 a 1 dá ao Santinha a vantagem do empate no jogo da volta, domingo em Campina Grande. O Campinense levará o bi (ganhou em 2013) se vencer por 1 a 0 ou dois gols de diferença. Vitória por 2 a 1 levará a decisão para os pênaltis e qualquer triunfo paraibano por um gol a partir de 3 a 2 garantirá ao Santa Cruz um título inédito.
A vitória do Santa Cruz sobre o Campinense no primeiro tempo foi uma injustiça. Mesmo jogando fora de casa e com uma barulhenta torcida contra, o time paraibano dominou amplamente, perdeu grandes chances no início e no fim da etapa, chegou a fazer um gol com Rodrigão (anulado por impedimento) e só foi envolvido pelo Santinha entre os 25 e 30 minutos. Só que foi justamente neste período que saiu o gol do time pernambucano. Após uma cobrança de escanteio de Leandrinho, Grafite saiu da marcação e tocou de cabeça para colocar o Santa Cruz em vantagem.
No início do segundo tempo, metade da iluminação do Arruda caiu durante dez minutos. Mesmo assim o árbitro mandou o jogo seguir e o que se viu foi uma mudança da água para o vinho do time da casa. Com a marcação adiantada, o Santa Cruz sufocou o rival, que pouco saía do meio de campo. E antes dos 20 minutos perdeu três gols feitos. O primeiro numa cabeçada de Lelê que obrigou o goleiro Gledson a fazer uma das defesas mais espetaculares da temporada. Depois, numa cabeçada sem querer de Leandro Sobral que bateu na trave e por pouco não foi gol contra. Mais tarde, numa bomba de Lelê que Gledson mais uma vez salvou.
Como ocorreu com o Santinha no primeiro tempo, apenas depois dos 25 minutos foi que o Campinense começou a respirar. E não é que aos 27 empatou a partida com um gol idêntico ao de Grafite? Felipe Ramon cobrou escanteio pela esquerda e Tiago Sala apareceu na primeira trave desviando de cabeça uma bola que passou por baixo das pernas do goleiro Tiago Cardoso.
O jogo pegou fogo. No minuto seguinte, Grafite fez jogadaço e a sobra ficou com Lelé, que chutou por cima. O Campinense deu a resposta e teve um pênalti claro a seu favor, que o juiz não marcou (a bola claramente bateu na mão do zagueiro, que estava com o braço esticado.
Nos acréscimos, quando o empate parecia definido, o Santa Cruz chegou ao triunfo graças a uma jogada toda tramada pelos três jogadores que vieram do banco. O veterano Leonardo Moura, que entrara sete minutos antes, tocou na ponta direita para Raniel, que substituiu Lelê aos 31 minutos. Ele fez grande jogada e cruzou para Bruno Morais concluir de primeira.
- Tomamos um gol em casa que não estava nos planos. Mas o Brunão foi feliz e estamos com vantagem. Nada está ganho, pois o Campinense é forte e não chegou na final por acaso, mas o empate é nosso - disse Grafite à Rádio CBN de Recife.
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