Cardiologista explica que nem todos casos de arritmia são preocupantes: 'Há tipo benigno'
Prestes a anunciar sua saída do Flamengo após apresentar o quadro de arritmia cardíaca, o técnico Muricy Ramalho sofre de um problema que acomete a muitos brasileiros. Para saber mais sobre o problema do treinador rubro-negro, o LANCE! ouviu o cardiologista e doutor Daniel Jogaib Daher, do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo. Ele afirma que há vários tipos de arritmia e explica que nem todas são malignas.
- Não posso falar especificamente sobre o caso do Muricy, mas posso falar a respeito da doença. Há vários tipos de arritmia. Algumas são benignas. Arritmias isoladas todo mundo têm, quase 100% da população. Mas isso não é doença, este tipo benigno é encontrado em corações saudáveis. Por outro lado, há algumas malignas, muito graves - explica.
A arritmia é vista, popularmente, como uma doença muito associada ao estresse, mas nem sempre esta é a causa do problema.
- Todo mundo tem algum tipo de estresse, pode ser bom ou ruim. Mas, ao mesmo tempo, nem todo mundo tem arritmia. A arritmia pode aparecer numa pessoa com suscetibilidade ao estresse, mas isso pode também não ser a causa do problema em várias pessoas. Até mesmo em alguns casos, quando atinge o coração, o vírus da gripe pode causar um tipo de arritmia - garante o médico.
Geralmente, a arritmia é causada por outras doenças que envolvem o coração, como pressão alta e infarto. O quadro isolado de arritmia não é comum. Há três tipos de tratamentos básicos para este mal, sendo a medicação um dos mais comuns.
- Não há sentença de morte - diz o médico.
Muricy apresentou o quadro de arritmia pela segunda vez sob o comando de um clube de futebol. Antes, quando treinava o São Paulo, ele já tinha passado pela mesma situação. Para se cuidar, o treinador tomava medicação e fazia, regularmente, exercícios físicos. Frequentemente, o técnico era visto caminhando após aos treinos do Flamengo.
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