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Técnico da França diz viver pesadelo com desfalques e críticas de racismo

AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Imagem: AFP PHOTO / FRANCK FIFE

08/06/2016 12h18

Uma das favoritas ao título da Eurocopa, a França vive momentos conturbados antes da estreia no torneio, na sexta-feira, diante da Romênia, no Stade de France. Além de diversos jogadores cortados por conta de lesão, o técnico Didier Deschamps ainda teve de conviver com polêmicas durante a preparação da anfitriã.

"Imaginar tudo que se passou desde o anúncio da lista no dia 12 de maio, francamente, nem no meu pior pesadelo creio que poderia acontecer", disse o técnico, ao jornal "L'Equipe".

A acusação de racismo partiu do ex-jogador Eric Cantona e de alguns torcedores pelo fato de o treinador não ter convocado o atacante Karim Benzema, que está envolvido em um suposto caso de chantagem com o ex-companheiro de seleção Valbuena por conta de um vídeo erótico do meia do Lyon. O próprio jogador do Real Madrid também fez críticas a Deschamps.

"Sempre fui feliz no meu trabalho, é um privilégio ser treinador da França. Mas também sou um homem. Estou concentrado no meu objetivo, mas também sou um pai. Tenho uma mulher e um filho, uma família a meu redor. Nada tem direito de tocar minha família", disse Deschamps, que teve a casa pichada com mensagens acusando-o de racismo.

No entanto, jogadores e políticos saíram em defesa do treinador. O lateral-direito Sagna ficou do lado do comandante.

"Benzema é um dos melhores atacantes do mundo, temos que disputar a competição sem ele. Mas há jogadores que podem substituí-lo. Por outro lado, considero sem fundamento as críticas que têm feito. O treinador tomou as decisões e na lista de convocados tem jogadores de origem magrebi, francesa...o mundo é assim hoje em dia, não creio que haja problemas de racismo.