'Rei de Copas', Copete desvenda ritual no Peixe e quer alegria no mata-mata
Uns rezam, outros ouvem música, enquanto alguns simplesmente ficam concentrados. Não há uma regra para um jogador se preparar para uma partida de futebol. A não ser para Copete. O atacante do Santos tem adotado uma espécie de ritual antes das partidas.
O colombiano surpreendeu muitos ao aparecer no gramado da Vila Belmiro e até fora de casa caminhando descalço pelo gramado, antes de todos subirem para o aquecimento.
A resposta para o mistério está na religião e na confiança de Copete.
- É uma palavra profética que me deram. Sempre saí ao campo descalço nos clubes por onde passei. É um versículo da bíblia, 11:24, que diz que toda terra vai ser nossa ao ser tocada. Assim como o campo. É uma profecia. Com tranquilidade, com paz de Deus e isso feito, me sinto tranquilo. Vou continuar fazendo. Tinha parado um pouco e agora estou retomando. É um costume - explica, ao LANCE!.
Com passos lentos antes de a bola rolar e mais rápidos durante os 90 minutos, o colombiano espera levar o Santos para a caminhada de seu segundo título da Copa do Brasil.
Acostumado a jogar competições decididas no mata-mata, como a Libertadores, da qual é o atual campeão, pelo Atlético Nacional da Colômbia, ele quer colocar sua experiência de Copa em prática na Vila Belmiro, nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Internacional, pelas quartas de final da Copa do Brasil, em jogo de ida.
Autor de quatro gols na última edição da Libertadores e de um nesta Copa do Brasil, ele tenta passar sua vivência em jogos decisivos para ajudar o Peixe a eliminar o Internacional e quem mais estiver pelo caminho alvinegro na busca pelo título.
- Creio que estamos fazendo tudo certo. Mas temos que jogar com alegria, porque são sempre duas partidas de alta intensidade. Quanto menos erro, melhor para fazer uma boa partida. O importante é ter tranquilidade e não levar gol. Todos estamos comprometidos. Depois temos que marcar gols e seguir motivamos para o que queremos - completa o experiente atacante, de 28 anos.
Mesmo tendo chegado à Vila Belmiro nesta temporada, depois da perda do título da Copa do Brasil para o Palmeiras, e ainda falando "portunhol", Jonathan Copete já absorveu a pressão de levar o time de volta à Libertadores, campeonato com o qual se identifica. Mas antes disso, Santos e Copete precisarão, juntos, passar por diversas batalhas pelos gramados do Brasil.
É melhor estar preparado, quem sabe com uma carta na manga?
Confira abaixo um bate-bola exclusivo com Copete:
Você chegou ao Santos nesta temporada, mas já deu para sentir a pressão de fazer o Santos voltar a disputar a Libertadores?
Já percebi. No ambiente também. Sei o que representa a Libertadores e estar em um torneio internacional. Só vamos conseguir focados, como estamos. É uma meta que temos, estar na Libertadores. Estamos em um bom caminho e esperamos manter para dar essa satisfação à torcida.
Sua chegada no Santos foi enquanto o Atlético Nacional disputava a Libertadores. Acha que você contagiou o elenco com o espírito da competição?
Estamos todos juntos no objetivo de nos classificar. Os jogadores daqui são muitos conscientes e pensam em dar o melhor ao clube. É um ambiente positivo, esperamos ter ainda mais essa energia positiva.
Vê no Santos um time que sabe jogar o mata-mata?
Sabemos que é um torneio diferente. São muertes (finais). Não se pode deixar nada fora, tem que ter força.
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