Líder de organizada da Inter detona Icardi: "é um jogador morto para nós"
A decisão da Inter de Milão de multar Icardi, mas não tirar a sua braçadeira de capitão, não diminuiu a ira dos torcedores da equipe com o atacante. O porta-voz dos Ultras - uma das organizadas do clube -, Franco Caravita, revelou em entrevista que não irá perdoar o jogador.
"Nosso relacionamento com Icardi? Depois de escrever aquilo no livro, algo que foi escrito livremente... a relação não pode ser reparada. Não foi interpretação de uma matéria ou algo que ele disse, instintivamente, sob pressão. São palavras muito sérias. Somos reféns desses personagens, que pedem contratos milionários e depois se comportam como crianças. Você não pode zombar de um torcedor e tratá-lo como um idiota só porque sabe chutar uma bola. Para não falar que esse livro foi baseado em falsidades. Icardi é um jogador morto para nós", disse Caravita, ao "SportItalia".
A insatisfação da torcida com o jogador se intensificou na segunda-feira, dia 10, quando ele lançou uma autobiografia. Icardi lembra de um episódio de 2015, logo após um revés para o Sassuolo. Em meio aos protestos, foi entregar sua camisa a um garoto. Ele conta que outros torcedores, revoltados, impediram que o menino ficasse com ela, jogando-a de volta no gramado. O argentino revidou, bateu boca com os fãs e disse, entre outros insultos, que eles eram um 'pedaço de m....'. Segundo o relato de Icardi na publicação, ele foi recebido como herói no vestiário.
Na última segunda-feira, a Inter de Milão publicou um comunicado em seu site oficial garantindo que vai multar Icardi pelo conteúdo da biografia, mas que o manterá como capitão da equipe.
O atacante saiu muito vaiado no domingo após a Inter de Milão perder, em casa, para o Cagliari, por 2 a 1. Na ocasião, Icardi ainda perdeu um pênalti.
O autor da biografia de Icardi, Paolo Fontanesi, defendeu o jogador. Ele disse que as palavras do argentino devem ser entendidas dentro de um contexto.
"Não vou entrar em detalhes, mas lamento que estas palavras tenham sido lidas incorretamente. Se tivesse sido uma entrevista feita ontem (domingo), a Curva teria sido correta em reagir dessa maneira. Mas um livro tem que ser considerado e interpretado e, acima de tudo, ser colocado dentro do contexto da data em que foi escrito", afirmou.
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