Topo

Volta do Corinthians após eliminação tem cabeças baixas e protesto isolado

20/10/2016 13h48

Abatido, o elenco do Corinthians desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no início da tarde desta quinta-feira, dia seguinte à derrota por 4 a 2 diante do Cruzeiro que selou a eliminação da equipe nas quartas de final da Copa do Brasil. O único jogador a conversar com a imprensa foi o lateral-esquerdo Uendel, que quase teve a fala interrompida por uma manifestação de um pequeno grupo de torcedores ao lado.

A irritação destes torcedores, porém, não era com Uendel ou com os jogadores, e sim com o presidente Roberto de Andrade. "Quem tem que falar é o presidente, quem tem que explicar isso aí é o presidente", gritou uma das quatro pessoas presentes na área de desembarque do aeroporto. Uendel até olhou para o grupo, mas seguiu explicando a eliminação sem perder o foco.

- A gente começou nem tão bem, com o Cruzeiro pressionando, mas nós não aproveitávamos os contra-ataques e eles acabaram saindo na frente. Fomos para o vestiário bem confiantes e estávamos fazendo uma boa partida até o primeiro gol deles, com jogadas, contra-ataques, conseguimos controlar o jogo, o Cruzeiro não tinha criado muito ainda, mas os gols deles deram uma abalada. Buscamos até o fim, mas a gente lamenta muito, porque almejava o título - disse o lateral, capitão do Timão contra o Cruzeiro, e na bronca contra a arbitragem do goiano Wilton Pereira Sampaio.

- No jogo de ontem nossa reclamação ficou por parte dos acréscimos, o Ábila caiu, Lucas também, teve pênalti, substituição, bola que sumia na hora do escanteio e no fim só quatro minutos. Nossa reclamação depois do jogo foi essa. No pênalti o Arrascaeta dá uma valorizada, dobra o joelho. No nosso pensamento a arbitragem acabou errando ontem (quarta-feira), mas vida que segue, temos que corrigir os erros de ontem e buscar o G6 do Brasileiro - disse.

Um grupo de seguranças acompanhou o desembarque da delegação corintiana em Guarulhos. O primeiro a deixar o saguão foi o presidente Roberto de Andrade, que nem sequer viu o protesto isolado contra ele. O técnico Oswaldo de Oliveira o gerente de futebol Alessandro Nunes passaram pelo local na sequência, protegidos pelos profissionais do clube. Os jogadores vieram depois, todos acompanhados até o ônibus por seguranças. Não houve qualquer outra eventualidade além dos gritos do pequeno grupo enquanto Uendel concedia entrevista.