Ele perdeu pênalti no Azteca, mas foi salvo por Pelé e Carlos Alberto Torres
boa parte dos jornalistas que trabalham com futebol que conheço tinha como sonho de infância ser jogador profissional. Inclusive esse que vos escreve. Se imaginar batendo um pênalti no Maracanã lotado, em Wembley ou no Azteca era sentir de alguma forma a sensação de ser um Romário, Ronaldo ou Neymar, para os mais jovens.
A minha oportunidade apareceu na semana passada, no glorioso Azteca, palco de duas finais de Copa (1970 e 86). Já sem a forma física ideal e com alguns anos de jornalismo na bagagem, vocês vão me desculpar, mas o resultado não poderia ser outro: perdi um pênalti. Bati mal. Mas, fazer o quê? Acontece. São coisas do futebol. Só erra quem bate. Ou só bate quem erra, como diria o outro. Quem nunca?
O erro foi detalhe, já diria Parreira. Houve coisas mais interessantes na pelada organizada pela Nike para jornalistas de todo o mundo em evento na Cidade do México, para o qual o LANCE! foi um dos convidados. Mais do que 30 minutos de bola, foi muito bem ver de perto a receptividade mexicana (viu, Donald Trump?). Mesmo perdendo o pênalti, eu e outros colegas éramos atração por sermos brasileiros. Inevitável lembrar de Pelé, Tostão, Gerson, Carlos Alberto Torres, que falecera dias antes. Esse respeito e admiração certamente passam por eles, pensei. Mesmo que o 7 a 1 insista em jogar contra.
Éramos sempre os primeiros escolhidos, mesmo que inevitável e compreensível as piadas dos colegas sobre o vexame do Brasil em 2014. Ou você nunca teve de ouvir graça viajando por aí afora? Nem os coreanos perdoam. Um deles, aliás, era puro carisma. A união de povos é das melhores coisas do esporte. Rimos juntos e a vida segue.
Aqui, no Chile, na Coréia do Sul ou no México, o futebol é uma representação fiel do universo. O importante é escrever a história. Cada um do seu jeito. Obrigado Carlos Alberto Torres, grande Capita!
*O Repórter viajou a convite da Nike
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