Conselheiros entregam pedido de impeachment de presidente do Timão
O Conselho Deliberativo do Corinthians vai analisar a destituição do presidente Roberto de Andrade do cargo. Foi entregue nesta manhã um pedido de impeachment do mandatário com a assinatura de 63 conselheiros do clube. A tendência é de que o processo dure, no mínimo, dois meses.
O requerimento tem como base assinaturas supostamente fraudulentas do presidente alvinegro em contratos da Arena. Segundo reportagem da revista Época, Roberto teria avalizado contratos com datas anteriores à de sua posse como presidente do Corinthians. São dois casos: no primeiro ele rubricou uma lista de presença de assembleia geral de cotistas do estádio que ocorreu dois dias antes de ele ser eleito. No outro, o nome do cartola apareceu em contrato do estacionamento da arena com a Omni, firmado 27 dias antes do pleito.
Guilherme Strenger, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, explicou ao LANCE! qual será o trâmite do processo de impeachment a partir de agora:
- O pedido foi protocolizado nesta manhã, mas ainda não chegou a mim. Terei cinco dias para encaminhá-lo à Comissão de Ética e Disciplina. Ela vai notificar o presidente para se defender, e então o Roberto de Andrade terá dez dias para isso. Depois, a comissão vai se reunir e elaborar um parecer dizendo se é favorável ou contra a destituição - declarou.
Na sequência, o Conselho corintiano votará o parecer da comissão. Caso a saída de Roberto de Andrade seja aprovada, ele é afastado temporariamente, mas é preciso que os associados do clube, em uma Assembleia Geral, ratifiquem a decisão. Se isso ocorrer, uma nova eleição ocorrerá em até 30 dias.
Contudo, não há consenso sobre como este pleito deve ser realizado. No clube, há quem defenda que a eleição seja feita com voto dos associados, como ocorre a cada três anos. Outra ala, contudo, é favorável a votação indireta, realizada dentro do Conselho Deliberativo.
Os que defendem a saída de Roberto de Andrade se apegam ao artigo 104 do estatuto do clube, que afirma que o presidente pode ser destituído caso tenha "acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians".
Se o presidente for afastado, quem assumirá o cargo temporariamente é André Luiz Oliveira, vice-presidente que foi alvo de condução coercitiva na operação Lava Jato. O nome e o endereço dele aparaceram em uma planilha da construtora Odebrecht com uma anotação para pagamento de R$ 500 mil.
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