Conselheiros do São Paulo vetam proposta de direitos de transmissão
O conselho deliberativo do São Paulo, por maioria dos votos, não aprovou a proposta de transmissão em televisão aberta da TV Globo, avaliada em R$ 40 milhões, mais R$ 20 milhões de luvas. A votação foi em reunião extraordinária e aconteceu na noite desta terça-feira no Morumbi. Foram 78 votos contra o adiantamento e 60 favoráveis.
A ideia do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e do diretor financeiro Adilson Martins era já aprovar a oferta e utilizar a parte adiantada das cotas de televisão para quitar a segunda parcela do 13º salário de jogadores e funcionários e uma das parcelas da compra do zagueiro Maicon, ao Porto (POR). Com a possibilidade vetada, o clube partirá para empréstimos bancários.
Agora, os empréstimos atrapalham o planejamento a curto prazo de conseguir alongar a dívida bancária do Tricolor e aliviar os cofres para a próxima temporada com juros mais baixos. Essa, inclusive, é a única forma de usar verba de adiantamentos de receitas segundo as regras do Profut, lei do refinanciamento das dívidas dos clubes brasileiros. Não é permitido usar o dinheiro em contratações, por exemplo.
Por outro lado, barrar o adiantamento evita que as próximas gestões, entre 2019 e 2024, não possam contar com o valor integral dos direitos de transmissão negociados com a Globo. Esse foi o maior argumento de quem apoiou a campanha pelo voto negativo à proposta da Globo, que agora deve abrir novas negociações com o São Paulo.
Neste ano, o São Paulo já recebeu R$ 60 milhões da Globo como luvas pelo contrato de transmissão em TV fechada.
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