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Driblando até juiz, W. Silva minimiza pancadas adversárias: "É do futebol"

Armando Paiva/AGIF
Imagem: Armando Paiva/AGIF

26/04/2017 06h00

Na bola, não está sendo nada fácil parar Wellington Silva, do Fluminense. Autor de seis gols, seis assistências e incontáveis dribles em 2017, o atacante é o cara do Tricolor na temporada, o que o deixa visado dentro de campo. Nas últimas duas partidas, além de ter que driblar o árbitro, o camisa 11 sofreu entradas duras dos adversários, em especial de Douglas, do Vasco, e Tony, do Goiás.

Satisfeito com o rendimento, WS11 afirma estar preparado para as pancadas.

"Estou fazendo bons jogos esse ano, ajudando o Fluminense, é o que eu queria fazer há muito tempo. As pancadas fazem parte do futebol. Tenho que estar preparado. Sou um jogador rápido, de drible, então não posso esperar outra coisa. Umas são na maldade, mas para isso que o juiz está ali. É difícil tomar pancada todo jogo e ficar bem, mas estou conversando com os meus companheiros para ficar com a cabeça tranquila", afirmou o atacante no CT.

Titular em 18 partidas em 2017, Wellington Silva é o quinto atleta que mais minutos atuou pelo Fluminense em 2017 - Léo, Henrique, Orejuela e Sornoza lideram o quesito. Além disso, o atacante é o líder de passes para gol, ao lado de Sornoza, e é o terceiro artilheiro do clube no ano: Richarlison (8) e Henrique Dourado (10) são os goleadores do Tricolor.

Confira outras respostas do atacante do Fluminense na coletiva na véspera do jogo contra o Brasil-RS, nesta quarta-feira, pela Primeira Liga:

1. Semana de Fla-Flu é diferente?
É uma semana importante e difícil. Temos um jogo na quarta que também é importante. Precisamos do empate, pelo menos, para nos classificar. Final contra o Flamengo é sempre especial. Estamos trabalhando forte, esperamos fazer uma grande semana e chegar no domingo bem preparado.

2. São dois empates contra o Flamengo na temporada. Qual a maior dificuldade diante do rival?
Clássico é sempre difícil. O Flamengo tem grandes jogadores, temos que respeitar, entrar em campo e dar o nosso melhor. Em campo é 11 contra 11. Estamos bem e confio no grupo. Queremos continuar no bom momento que estamos, mas não podemos levar para dentro de campo o que estão falando.

3. Tem algum Fla-Flu especial em sua carreira?
Joguei muitos anos na base da Fluminense, mas o mais especial foi o desse ano na final da Taça Guanabara. Com certeza o primeira foi no futsal, mais o ano eu não vou lembrar.

4. O que achou da atitude do Rodrigo Caio, no clássico contra o Corinthians? Faria o mesmo contra o Flamengo em uma situação parecida?
Particularmente, acho muito legal o que ele fez. É difícil de ver. Foi diferenciado e feliz. No momento do jogo é difícil, ainda mais em clássico. Se o futebol tivesse mais (dessas atitudes) seria mais legal. Contra o Goiás aconteceu, mas ele só falou depois do jogo (Aylon caiu dentro da área, o árbitro deu pênalti e depois da partida admitiu que se jogou). Se fosse algo muito descarado que eu fiz, acho que falaria (ao árbitro).

WELLINGTON SILVA: O TERROR DOS RIVAIS EM 2017

Vasco - O torcedor do Cruz-Maltino está tendo pesadelos com Wellington Silva. Nos dois clássicos disputados entre os clubes em 2017, o atacante do Tricolor fez dois gols - um de letra! - e destacou-se com dribles e lances de perigo. E mais, o Fluminense, de Abel Braga, venceu os dois confrontos por 3 a 0.

Flamengo - Na decisão da Taça Guanabara, o camisa 11 tornou-se Wellington 'Bolt' Silva. Afinal, cruzou o campo (74 metros em menos de 10 segundos) para marcar o primeiro gol do empate em 3 a 3. Nos pênaltis, a festa foi tricolor.

Botafogo - Apesar de não ter balançado a rede, o atacante foi um dos destaques da épica virada sobre o Alvinegro no Estádio Nilton Santos. O time de Abel Braga foi para o intervalo perdendo por 2 a 0 e virou para 3 a 2.