Fiel a trato com Ceni, Gilberto buscou psicóloga para brilhar no São Paulo
Passadas as eliminações na Copa do Brasil e no Paulista, o São Paulo voltou aos trabalhos nesta quarta-feira à tarde. Os jogadores fizeram um treino físico. E o atacante Gilberto conversou com os jornalistas. Artilheiro do time no primeiro semestre com 11 gols, ele enumerou os motivos de ter conquistado números expressivos. Buscou até ajuda da psicóloga do clube, Anahy Couto.
- A minha evolução foi num momento importante, eu precisava disso. A chegada do Rogério foi essencial, aqueles que ficaram também. Consegui fazer um bom trabalho. Juntei tudo que tinha feito de errado, e não dava certo. Procurei focar só no futebol. Procurei estar bem fisicamente. Falar com a psicóloga sempre, com o setor de marketing tenho bom relacionamento. Procurei sempre ver para melhorar. E só tenho agradecer a esse pessoal, por me mostrar um caminho, e espero continuar - contou Gilberto.
Apesar dos bons números, o próprio Gilberto reconhece que não é a principal opção para a posição de centroavante, diante da presença do argentino Lucas Pratto. Mas o camisa 17 nunca reclamou. E diz que continuará assim. Por quê? A resposta passa por um acordo com o técnico Rogério Ceni.
- Titular é coisa casual. O Rogério falou muitas vezes sobre isso. Quando ele falou que queria contar comigo, ele falou que iria trazer um jogador de renome, para jogar. E eu queria ser treinado por ele, aceitei esses termos, poderia ter saído. Aí você aceita isso há quatro meses, e agora quer mudar porque está numa boa situação? Não, você tem de ser homem. O Rogério foi bastante homem comigo. E estou aqui para ajudar - afirmou o centroavante.
O São Paulo só volta a campo agora no dia 11 de maio, contra o Defensa y Justicia (ARG) pelo jogo de volta da Copa Sul-Americana. Até lá, só treinos. Veja outras partes da entrevista coletiva de Gilberto:
É começar tudo de novo agora? Rogério já falou em reduzir o elenco?
É planejamento. O Rogério começou com um planejamento no começo do ano. Algumas coisas do que ele fez deu certo. Agora tem que refazer, principalmente por ele, e nós temos que acatar. O que ele fizer, temos de apoiá-lo e tentar ganhar
O que é melhor: grupo grande ou pequeno?
Não tenho como opinar. Já trabalhei com grupo grande e com grupos menores. Depende das lesões, que podem acontecer. Mas todos os dois são bons de trabalhar
Qual auto-crítica fizeram?
Posso falar por mim. Depois que comecei a jogar estadual, é a primeira vez que não chego a uma final. Estou realmente sem acreditar. Tínhamos totais condições para isso. Mas aconteceu, agora é bola pra frente, no Brasileiro, Sul-Americana e tentar ser campeão.
No que o São Paulo errou?
Vamos falar de estatística. O São Paulo foi melhor em tudo. Posse de bola, finalizações. Não tem onde errar. Aconteceu o que pode acontecer com qualquer time. Em uma semifinal, perder. Não queríamos, nenhum de nós está satisfeito com isso. Queríamos muito, sabíamos que ia ser pesado pra gente. Mas agora serão passadas outras instruções. O Rogério deve montar o planejamento para o restante da temporada. E vamos seguir à risca para sermos campeões.
Já conversou sobre renovação com a diretoria?
A diretoria não me procurou porque não sou eu que trato disso, é o meu empresário, e eu pedi para eles não me falassem, porque eu sabia que vocês iam me perguntar.
Como agir agora?
Sabemos que desejamos a desejar em algumas coisas. Já corrigíamos muitas coisas. Claro que o Estadual é muito importante. Eu queria ganhar, porque tenho em três estados diferentes, e queria o quarto. Mas o Brasileiro é muito mais importante e a Sul-Americana também.
Fágner x Cueva
Isso não depende de mim. Não tenho opinião formada. Não quero falar sobre eles. Eles que sigam a vida deles. A gente segue a nossa, e eu quero ser campeão.
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