Choque de goleiros: Palmeiras e São Paulo vivem incertezas na posição
Rivais de grande tradição em revelar goleiros, Palmeiras e São Paulo vivem incertezas na posição no momento em que se enfrentam pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, neste domingo, no Allianz Parque, às 16h. Neste ano, as duas equipes tiveram problemas no gol, trocas na posição e ainda não possuem a segurança de outrora.
O São Paulo tem a situação pior. A equipe de Dorival Júnior chega ao Choque-Rei com Sidão no gol. O goleiro voltou no último domingo contra o Avaí após ficar cerca de cinco meses afastado por conta de uma lombalgia. Demonstrou insegurança em alguns lances. Contratado este ano por indicação de Rogério Ceni, ainda não passou confiança.
O titular vinha sendo Renan Ribeiro, que acabou barrado por Dorival Júnior. Contratado em 2013, Renan disputou 20 jogos neste Campeonato Brasileiro, mas não tem a confiança do técnico. Ele tem contrato com o clube até maio do ano que vem, iniciou conversas para renovação, mas as tratativas estão complicadas. Travaram com a ida dele ao banco de reservas.
Outra opção está de saída do clube. Titular no ano passado, sendo o primeiro sucessor de Ceni, Denis tem contrato apenas até o fim deste ano e não deve ser renovado. Ele cometeu falhas em 2016, iniciou este ano como titular sob o comando de Ceni, mas logo perdeu a posição e também lesionou o ombro esquerdo. Está no clube desde 2009.
Para 2018, o São Paulo não tem certeza de quem será seu goleiro. A diretoria está analisando o mercado em busca de um reforço. Walter, reserva do Corinthians, já entrou na pauta, mas as negociações esfriaram. A busca por um estrangeiro não está descartada, mas é considerada improvável. Enquanto isso, Sidão possui dez jogos pelo clube, Renan, 44, e Denis, 172.
O Palmeiras, ao contrário do São Paulo, terá um ídolo no gol. Mas Fernando Prass, dono de 240 jogos e três títulos pelo clube, vive seu momento de maior contestação desde 2013, quando iniciou sua passagem pelo Palestra Itália.
Ele ainda não sabe se continuará no Verdão após o fim de seu contrato, em dezembro, embora repita que sua vontade é se aposentar no clube. O presidente Maurício Galiotte disse nesta semana que deseja renovar com o goleiro, mas os termos de um novo contrato ainda não foram discutidos. A diretoria diz que o momento é de focar na recuperação do time.
Enquanto tenta conviver com essa indefinição, Fernando Prass trabalha para provar a Cuca que merece retomar o posto de titular, perdido para Jailson após uma sequência de falhas - duas delas contra o São Paulo, no primeiro turno deste Brasileiro, em derrota por 2 a 0 no Morumbi.
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Jailson, também muito querido pela torcida e hoje menos contestado que Prass, teve uma sequência de cinco jogos como titular até sofrer uma lesão rara no quadril durante a disputa de pênaltis contra o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores. Ele está fora por tempo indeterminado, mas o clube garante que não há possibilidade de aposentadoria, boato que ganhou as redes sociais no início da semana.
Jailson está com 36 anos e tem, ao todo, nove partidas pelo Palmeiras nesta temporada e 34 desde que chegou ao clube, em 2014. Fernando Prass, 39 anos, jogou 44 vezes em 2017.
Os dois treinam diariamente com os jovens Vinicius Silvestre e Daniel Fuzato, apostas do clube para o futuro.
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