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Dívida do Palmeiras com Paulo Nobre cai e se aproxima dos R$ 35 milhões

No último ano de gestão, Nobre gastou mais R$ 14 milhões por Mina e Róger Guedes - Cesar Greco/Ag Palmeiras
No último ano de gestão, Nobre gastou mais R$ 14 milhões por Mina e Róger Guedes Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras

14/09/2017 07h30

O Palmeiras já pagou mais de R$ 110 milhões a Paulo Nobre pelos empréstimos que o ex-presidente fez quando esteve à frente do clube. A dívida começou em R$ 146 milhões, mas hoje está em cerca de R$ 35 milhões.

Os pagamentos eram feitos por meio de dois fundos bancários, e um já foi totalmente quitado, em abril, de R$ 43 milhões. O que resta é da primeira parte da dívida, inicialmente de R$ 103 milhões - o Verdão paga mensalmente 10% de sua renda bruta para amortizar. Desde abril de 2015, quando o pagamento desse fundo começou a ser feito, Paulo recebeu R$ 68 milhões.

No último ano de gestão, Nobre gastou mais R$ 14 milhões para contratar Mina e Róger Guedes. Tal valor não entra neste pagamento; a operação é semelhante às contratações com aporte da Crefisa: se vendê-los, ele é, no máximo, ressarcido com o valor investido. A diferença é que, assim como nas outras duas operações citadas, há o acréscimo de juros - até 1% ao mês, taxa considerada baixíssima. Os investimentos da patrocinadora não têm correção.

A dívida com Nobre começou em quase R$ 200 milhões, mas já tinha sido diminuída em outros R$ 43 milhões ainda na sua gestão, quando o clube lhe passou os direitos econômicos de Leandro, Mendieta (já vendido), Cristaldo (já vendido), Allione, Mouche e Tobio, todos contratados graças ao seu dinheiro. Após isso foi que restou os R$ 146 milhões.

Os atletas foram registrados em nome de uma empresa parceira de Paulo Nobre, e o ex-mandatário vai recuperando o que investiu à medida em que eles são negociados. Mina e Guedes não entram no bolo, pois quando chegaram já não era mais possível registrar jogadores em nome de empresas, mas o mecanismo para pagamento é parecido.

A primeira previsão era de que a dívida com o ex-presidente fosse quitada entre dez e 15 anos, mas isto acontecerá bem antes graças ao aumento de receitas do Verdão. Maurício Galiotte tem como meta entregar o Palmeiras sem dívidas ao fim de seu mandato, em dezembro de 2018, e isto inclui, portanto, os débitos com Nobre.

O ex-mandatário não tem sido presente no clube desde a divergência entre ele e seu sucessor, Maurício Galiotte, sobre a entrada de Leila Pereira no Conselho Deliberativo. O atual presidente era o primeiro vice e braço direito de Nobre, mas os dois não têm mais relação. Isto influencia diretamente na atual diretoria, já que Genaro Marino (primeiro vice), Victor Fruges (terceiro vice) e José Carlos Tomaselli (quarto vice) são todos ligados a Paulo Nobre. Por isso, estão também afastados da gestão do clube. Antonino Jesse Ribeiro (segundo vice) é o único que se mantém ao lado de Maurício.