Médico detalha tumor no rim e crê em volta por cima de Roger
Diagnosticado com um tumor renal, o atacante Roger ficará afastado dos gramados por pelo menos quatro meses, de acordo com a previsão do departamento médico do Botafogo. Após ser avaliado por um urologista, foi definido que o jogador passará por um procedimento cirúrgico. Em entrevista ao LANCE!, o Dr. Paulo Roberto Salustiano, especialista em urologia, explicou como é feita a identificação da doença, que representa de 2 a 3% dos casos de câncer no mundo.
- Os tumores no rim são acarretados pelo crescimento de células que têm mais de 90% de um comportamento maligno, que identificam o câncer de rim. O tumor mais frequente neste caso é o carcinoma de células renais, um câncer que não é comum. A doença é identificada através de exames de rotina, ultrassonografia ou tomografia, pois costuma dar sintomas apenas na fase mais avançada da doença, acarretando sangramentos, massa palpável no abdômen e dor. Na maioria das vezes, os tumores são assintomáticos, encontrados com facilidade através de exames de imagem e o tratamento curativo, na maioria das vezes, é através de cirurgia, seja uma nefrectomia total, retirada do rim ou de parte dos rins, onde se encontra o tumor. A chance de cura chega a 100% na maioria dos casos e o diagnóstico de câncer normalmente é dado pelo exame histopatológico.
De acordo com o especialista, a proporção de homens atingidos pela doença é de um e meio a cada uma mulher e pessoas que têm idades entre 60 e 70 anos. Os principais fatores de risco são associados a obesidade, hipertensão arterial e tabagismo. Porém, como esportista, o jogador não sofre com esses problemas, entretanto os principais motivos que levaram o atacante Roger, de 33 anos, a contrair a doença podem estar associados a um histórico de câncer na família e insuficiência renal.
- No caso do jogador, se tratando de um tumor renal, a possibilidade é de que ele faça uma cirurgia para a retirada do tumor e, em seguida, uma biópsia da lesão para saber se de fato é um câncer ou não. Mas se for uma lesão pequena, menor do que 4cm, localizada no rim, a cirurgia é suficiente e a chance de cura é muito alta. Não havendo necessidade de quimioterapia, nem de radioterapia a seguir, mas o acompanhamento médico é necessário no pós-operatório, já que existe um risco em torno 5% de o paciente que passa por um tumor, ter um problema no outro rim.
Após a eliminação na Libertadores, o Botafogo se concentra no Campeonato Brasileiro, em busca de sagrar sua permanência no G6 da competição, e Roger vem sendo peça fundamental no time, que derrubou gigantes no decorrer no torneio continental. Após a divulgação do caso, o atacante utilizou as redes sociais para agradecer as mensagens de apoio recebidas.
- Quero agradecer cada mensagem, cada foto postada, manifestação de carinho, cada ligação. Logo, logo estou de volta, se Deus quiser. Vou batalhar, vou vencer essa doença e se Deus quiser em janeiro nós temos uma pré-temporada para fazer um grande ano novamente. Deus abençoe, fica aqui meu abraço e minha gratidão - disse o jogador em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram.
Também na tarde deste sábado, o Botafogo divulgou um comunicado informando que o tumor foi detectado no polo inferior do rim direito do atleta. A previsão dos médicos do clube é de quatro meses para o retorno de Roger às atividades normais. Ciente do caso, o Dr. Paulo Roberto Salustiano reitera que a retirada do tumor ou de parte do rim, em caso mais grave, não fará com que o futebol do atacante seja prejudicado.
- É importante lembrar que na maior parte das vezes também não há necessidade de retirar todo o rim, só uma parte do órgão, e isso é algo mais comum que a gente chama de nefrectomia parcial, mas ainda que o jogador precisasse retirar todo o rim isso não confere a ele uma incapacidade no futuro de ele voltar a jogar futebol normalmente. A pessoa consegue viver normalmente com um rim, ela apenas precisa tomar mais cuidados em relação a isso. Agora a decisão de retirar parte do rim vai depender da localização e tamanho do tumor, o aspecto da lesão e outros fatores que a gente decide para fazer a cirurgia - concluiu o especialista.
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