Com novo tipo de contrato, Crefisa ajuda Palmeiras a bancar Lucas Lima
A Crefisa vai ajudar o Palmeiras a bancar Lucas Lima. A patrocinadora arcará com metade dos salários do jogador e pagará as luvas e comissões da contratação, que totalizaram 5 milhões de euros (cerca de R$ 17 milhões quando o acordo foi fechado). Como mostrou o Estadão, esse auxílio será registrado em um novo tipo de contrato.
Para ajudar o Palmeiras a comprar Lucas Barrios, Vitor Hugo, Thiago Santos, Fabiano, Dudu, Guerra, Borja, Bruno Henrique e Deyverson, a Crefisa fez contratos de compra de propriedade de marketing. O clube vendia uma de suas propriedades para a patrocinadora e usava o dinheiro para trazer o jogador. Quando ele fosse negociado, a empresa receberia de volta apenas o valor aportado, sem correção.
A Receita Federal entendeu que este procedimento era ilegal, multou a Crefisa em mais de R$ 30 milhões em setembro do ano passado (valor já quitado) e solicitou que os contratos fossem alterados.
Agora, tanto com Lucas Lima quanto com todos os atletas trazidos anteriormente, o auxílio da Crefisa é registrado como um "empréstimo" ao Palmeiras. O clube precisa devolver o valor com uma remuneração baseada na taxa de CDI, de 0,5% ao mês. Essa operação financeira gera impostos, que a patrocinadora se compromete e pagar. Além disso, o Palmeiras agora precisa ressarcir a parceira mesmo que os atletas não sejam vendidos ou se forem negociados por valor menor que o investido.
Toda essa situação fez com que a colaboração da Crefisa nesta janela de transferências fosse mais tímida do que no ano passado. O único aporte acertado entre as partes até o momento é este com Lucas Lima. Todos os outros atletas contratados foram trazidos com recursos do Palmeiras.
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